A primeira semana do mês de fevereiro no Espírito Santo marca a volta dos alunos das redes particular e pública ao ensino presencial e híbrido. Com cuidados já estabelecidos, como o uso da máscara e a disponibilização de álcool em gel para evitar o contágio do novo coronavírus, as crianças e adolescentes podem voltar a frequentar as instituições de ensino. Mas há uma forma de orientar os estudantes para o retorno ao convívio com colegas e professores nessa nova realidade?
De acordo com a psicóloga, psicanalista e mestre em Saúde Coletiva, Bianca Martins, não há nenhuma recomendação nova. Os bons hábitos cultivados durante a pandemia, como o uso da máscara e limpeza das mãos, que já devem estar consolidados na vida dos alunos. Por isso, não é momento de surpresa. As regras que já conhecemos desde o início do ano de 2020 devem ser seguidas à risca na escola também. Esse exemplo e a cobrança para a manutenção desses cuidados devem vir dos pais e responsáveis.
Em entrevista ao jornalista Lucas Valadão, da Rádio CBN Vitória, Bianca Martins ressaltou que as crianças necessitam do contato com os colegas de escola, mas lembrou que é preciso tomar cuidado na hora de "matar a saudade". Segundo a psicóloga, quando a criança é muito pequena ela acaba demonstrando carinho por meio de abraços, com bastante contato físico, um risco para a disseminação da Covid-19. Nesse caso, é preciso vigilância por parte das escolas e reforço na orientação.
A retomada das aulas presenciais acontece ao passo que os Estados brasileiros recebem as vacinas contra a Covid-19. Porém, mesmo com a campanha de vacinação já iniciada no Espírito Santo, o risco de contaminação ainda é grande, já que uma parcela muito pequena na população recebeu apenas a primeira dose do imunizante.
Orientar e chamar a atenção da criança quanto aos hábitos para evitar a proliferação do vírus é responsabilidade dos pais, como explica a psicóloga. De acordo com Bianca Martins, o desrespeito às regras não é culpa da criança, mas de quem participa da educação dela. É preciso ser o exemplo.
"A criança aprende por imitação. O problema não está nela. Embora algumas famílias tenham uma forma diferente de pensar, é importante que procuremos o bem-estar de todos. O hábito de usar máscara, por exemplo, é desconfortável, mas precisamos suportar. Vale mais o que os pais e professores fazem do que o que eles dizem", afirma.
Segundo o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), 90% das escolas da rede particular voltaram às atividades nesta segunda (01).
A data também marcou a manifestação de sindicalistas contrários ao retorno presencial das crianças.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta