O trecho da BR 101 que corta o município da Serra, no Espírito Santo, está na lista dos 10 mais perigosos do Brasil, segundo um mapeamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os outros pontos críticos em rodovias federais estão distribuídos entre os estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.
Para realizar o diagnóstico, além do número de colisões, foram levados em conta fatores ambientes, condições da pavimentação e geometria da pista. Também foram analisadas as imprudências mais registradas nos trechos, como ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade e passagem irregular de pedestres. São situações que, somadas, contribuem em menor ou maior grau para mais acidentes.
O mapeamento das vias foi realizado pelos agentes do Grupo de Investigação de Acidentes de Trânsito (GIAT), em 2020. Os trechos considerados críticos em acidentalidade grave são:
A partir desse levantamento, a PRF se organizou em uma operação nacional para intensificar as ações de prevenção de acidentes.
"O objetivo é aumentar a percepção de segurança nas rodovias federais, realizando ações coordenadas e orientadas para coibir as principais condutas causadoras dos acidentes de trânsito nos trechos críticos de 100 km de acidentalidades graves", pontuou a inspetora Ana Carolina Cavalcanti, da PRF-ES.
Ela conta que o reforço para essas ações nos trechos partiu do deslocamos policiais da área administrativa e também de outros estados. No Espírito Santo, o ponto crítico de Carapina até Serra-Sede possui especificidades que o colocaram na lista nacional dos mais perigosos.
"Além dos registros de acidentes, o trecho é um corredor urbano de uma rodovia federal que é acesso entre a região Sudeste e o Nordeste, com grande fluxo de veículos", observa Ana Carolina.
O resultado esse reforço de ações no trecho da BR-101 só será medido ao final da operação, que começou em julho e vai até final de setembro. Porém, no Espírito Santo, os motoristas que trafegam pelas rodovias federais já estão na mira da PRF.
Somente no primeiro semestre de 2021, foram 25.838 veículos abordados pelos policiais nos trechos que cortam todo o Estado, entre elas a BR-262 e a BR-101.
Se consideradas as multas sem a parada do veículo, foram 41, 5 mil infrações, sendo que 7.227 delas foram por ultrapassagens indevidas e outras 4.606 pelos ocupantes não usarem cinto de segurança.
"São medidas simples que estão na legislação brasileira e precisam serem cumpridas. É nítido que as imprudências são as maiores causas de acidentes fatais nas vias federais, porém, a PRF não pode estar em todos os lugares, é preciso que as regras sejam cumpridas e, assim, os condutores consigam seguir as viagens em segurança", observa a inspetora Ana Carolina.
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