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BR 262: concessão é descartada e governo planeja duplicação com recurso próprio

BR 262: concessão é descartada e governo planeja duplicação com recurso próprio

Em visita ao Estado, Marcelo Sampaio explicou que a ideia é que obras de manutenção e duplicação da via sejam feitas pelo DNIT, mas faltam recursos

Publicado em 5 de setembro de 2022 às 17:03

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Trecho da BR-262 entre Viana e Domingos Martins
Trecho da BR-262 entre Viana e Domingos Martins. (Reprodução/ TV Gazeta)

O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, voltou a descartar um novo processo de concessão para a BR 262. Em visita ao Espírito Santo nesta segunda-feira (5), ele destacou que o governo federal pretende realizar a duplicação da via com recursos próprios, com obras sendo gerenciadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Mas o problema é que faltam recursos. A aposta que vinha sendo negociada era a utilização do dinheiro do chamado Acordo de Mariana, uma repactuação de indenização pela tragédia ocorrida no Rio Doce em 2015 a partir do rompimento de uma barragem de rejeitos da mineração. Mas as negociações fracassaram e a negociação milionária foi suspensa no último dia 24.

“Precisamos de recursos para fazer a ampliação. Vamos priorizar a rodovia junto com a bancada de parlamentares do Espírito Santo”, disse Sampaio, que veio ao Espírito Santo para a assinatura do contrato de compra e venda do Porto de Vitória.

DNIT FARÁ MANUTENÇÃO E DUPLICAÇÃO DA VIA

Segundo o ministro, o Dnit já contratou uma empresa para fazer a manutenção da rodovia. "Já entregamos alguns trechos. E já resolvemos que o Dnit irá fazer os investimentos de aumento da capacidade da via”, disse.

Na avaliação de Sampaio, o órgão federal possui corpo técnico competente para superar as dificuldades para a realização de obras de alguns trechos da via considerados de alto risco geológico.

LONGA ESPERA POR DUPLICAÇÃO

Em junho deste ano o governo federal lançou um novo edital de concessão da BR 381, em Minas Gerais, confirmando a exclusão da BR 262 no Espírito Santo. Investidores avaliaram o trecho capixaba como área de alto risco geológico.

Ao longo dos anos, foram ao menos duas tentativas que fracassaram. Em ambas as ocasiões, ninguém apareceu para arrematar a rodovia. Em 2013, no governo Dilma Rousseff, o leilão chegou a acontecer, mas sem propostas.

Mais recentemente, em fevereiro deste ano, a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) decidiu suspender o certame antes mesmo de ele acontecer. O órgão identificou que não havia interesse das empresas no projeto.

Embora fontes do setor tenham afirmado que, desta vez, as chances do Estado eram maiores, sempre houve a desconfiança de que os altos custos das obras previstas no projeto pudessem afastar os investidores.

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