A situação da ES 248 – rodovia que liga Colatina a Linhares – é considerada tão crítica que obras de tapa-buraco não seriam suficientes para resolver o problema, segundo Luiz Cesar Maretto, que é diretor-presidente do Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES). Ele disse que a recuperação do trecho mostrado anteriormente pela TV Gazeta deve ser concluída em cerca de dez dias, caso não chova.
Ao todo, são aproximadamente 17 km da ES 248 que estão muito esburacados – e até sem asfalto em determinados pontos. De acordo com Maretto, desse total 12 km já foram resolvidos com uma técnica de reperfilamento, em que é colocada a massa solta, espalhada com um trator patrol.
Ele explicou que foi contratada a reabilitação total da rodovia, que teve início em outubro de 2022. No entanto, as chuvas no final do ano diminuíram o ritmo de trabalho e a condição da via também piorou por ter sido usada como alternativa à BR 101, com maior tráfego de veículos pesados. A previsão é que a obra seja concluída no segundo semestre do ano que vem.
“Em novembro e dezembro, a empresa diminuiu o ritmo, porque não tem como fazer massa com muita chuva. Além disso, houve problemas na BR 101, aumentando o volume de cargas de Colatina para Linhares pela ES 248 – o que detonou a estrada de vez. Ela já estava muito ruim antes", analisou.
As obras acontecem em toda a extensão da rodovia, que tem 119 km. Ela começou em Colatina e segue até Linhares, passando por Marilândia e pelo entroncamento da ES 245, que dá acesso a Rio Bananal. “A empresa vai deixar a rodovia nova e vai ficar após o término da obra por cinco anos fazendo a manutenção da via”, garantiu Maretto.
Atualmente, os motoristas até tentam desviar, mas são muitos buracos na ES 248, que liga Linhares a Colatina. Sem manutenção adequada, a condição da estrada piorou quando se tornou a única alternativa às interdições da BR 101, após trechos da rodovia federal desmoronarem por causa das fortes chuvas no final do ano passado.
"Está mais fácil passar fora da estrada, no meio das árvores. Passando na rodovia, não tem como fugir dos buracos: você tem que escolher menos profundo para passar", reclamou o lavrador Marlilso Pereira Rosa, em entrevista concedida à repórter Thaynara Lebarchi, da TV Gazeta Noroeste.
O condutor que passa pela via precisa prestar atenção durante o percurso e diminuir a velocidade para tentar evitar problemas no carro. Há trechos em que nem sequer dá para ver o asfalto. Com as chuvas, poças de lama também se formaram, o que pode dificultar ainda mais a passagem, pois não dá para saber a profundidade dos buracos.
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