Inicialmente, a reportagem informava que a maior alta na demanda por atendimentos pediátricos nos PAs foi de 40% na Grande Vitória, registrada em Vila Velha. No entanto, após a publicação, a Prefeitura da Serra enviou resposta explicando que, na cidade, o aumento na procura por atendimento infantil chegou a 80%. O título e o texto foram atualizados.
A frente fria provocou uma brusca queda da temperatura no Espírito Santo nos últimos dias. E tão comum quanto o clima mais ameno nessa época do ano, com o inverno se aproximando, é o aumento de casos de síndromes gripais e doenças respiratórias. O resultado é uma verdadeira corrida de pessoas procurando atendimento médico, o que acaba lotando unidades de saúde.
Na Grande Vitória, a demanda para atendimento pediátrico nos Pronto-Atendimentos (PAs) chegou a crescer até 80% em alguns locais, como ocorreu em unidades da Serra.
A dificuldade de quem procura atendimento nos PAs é geral. Reportagem da TV Gazeta mostrou que as unidades têm vivido lotadas, demandando maior espera e paciência dos usuários. E os principais problemas são justamente os sintomas gripais, como pacientes com asma, gripe, bronquiolite, sinusite e pneumonia, quadros que demandam maior tempo dos médicos pediatras.
Isso porque o período de observação da criança recebendo medicação é considerado longo. Por isso, também ocorre uma preocupação em não conseguir o atendimento necessário.
A Secretaria de Saúde da Serra explicou este é um período sazonal de doenças respiratórias. "As alterações climáticas, umidade do ar, afetam diretamente os pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica, além da gripe e da Influenza".
Com isso, tem sido notado um aumento significativo na demanda, tanto na pediatria, nas duas últimas semanas, como no adulto. Entre os pacientes adultos, esse aumento foi de mais 50%. Já em crianças, esse aumento foi de mais de 80% na cidade, segundo a prefeitura.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde da Serra, o atendimento realizado pelas equipes das três Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) de Carapina, Castelândia e Serra Sede não precisa de marcação.
Em Vitória a situação se complica uma vez que o atendimento de urgência e emergência para crianças na Capital está reduzido apenas ao PA de São Pedro. Anteriormente, a unidade na Praia do Suá também realizava o serviço, mas desde 2020 ele foi suspenso.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Joanna D’Arc de Jaegher, está em análise a possibilidade de estender a assistência pediátrica para o outro PA. Enquanto isso, ela esclarece que foi expandido o quadro de médicos pediatras para os cuidados infantis em São Pedro.
“Lá em São Pedro foi ampliado o serviço de pediatria. Claro, existe a possibilidade de criarmos outro ponto de atenção para essa demanda. Nós também ampliamos o atendimento aos fins de semanas em seis unidades, sendo que elas também ofertam consultas, entre outros serviços”, disse a secretária.
Com a lotação de unidades, falta de profissionais ou mesmo a distância a se percorrer para chegar nelas, há quem opte por buscar um PA de outra cidade. A Prefeitura de Cariacica, por exemplo, informou para a reportagem de A Gazeta que tem atendido pacientes de outras cidades.
“A Secretaria de Saúde possui conhecimento que prontos atendimentos privados e públicos de outros municípios estão sem pediatras e encaminhando pacientes ao PA do Trevo (de Alto Lage), o que também gera aumento da demanda”, informou em nota. O município tem também a oferta de PA’s nos bairros Bela Vista, Flexal e Nova Rosa da Penha.
Na cidade, o número de atendimentos também aumentou significativamente, de acordo com a prefeitura.
Já em Vila Velha, a demanda pela pediatria nos PAs está 40% maior do que ocorre normalmente. Os atendimentos pediátricos na cidade canela-verde acontecem no PA da Glória e de Riviera da Barra.
Mesmo diante desse cenário, a prefeitura ressalta que não faltam médicos e não houve maior procura de pessoas de outras localidades da região.
A orientação dada à população é procurar inicialmente as unidades de saúde dos bairros, que dão a atenção inicial, para verificar como está o paciente e fazer o atendimento ou encaminhá-lo para um PA ou hospital.
Isso, segundo a Prefeitura de Vila Velha, poderia evitar uma possível lotação das unidades de urgência e emergência.
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