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Cabeleireira tradicional do Centro de Vitória morre vítima da Covid-19

Cabeleireira tradicional do Centro de Vitória morre vítima da Covid-19

Após duas internações, Márcia Cristine Mendes, de 50 anos, fundadora do Salão Marcia Cabelos, na Rua Gama Rosa, não resistiu às complicações da doença. O enterro ocorre nesta quarta-feira (31), em Vila Velha

Publicado em 31 de março de 2021 às 11:51- Atualizado há 3 anos

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Vitória
Márcia morreu vítima da Covid-19 e completaria 51 anos no próximo dia 24 de abril . (Arquivo pessoal)

A região da Rua Gama Rosa, no Centro de Vitória, amanheceu mais triste nesta quarta-feira (31). Na tarde desta terça-feira (30), a cabeleireira Márcia Cristine Mendes, de 50 anos, dona do Salão Marcia Cabelos, tradicional no segmento na Capital, foi mais uma vítima da Covid-19 no Estado. Após passar por duas internações, inclusive sendo intubada, ela não resistiu à doença.

Ronizia, irmã da cabeleireira, explicou que Márcia começou a sentir dores no corpo e falta de ar há pouco mais de uma semana e foi levada ao hospital.

"Ela começou a passar mal no meio do mês e no dia 20 ela foi para a Santa Casa (de Misericórdia). Na segunda seguinte ela teve alta, melhorou, mas agora nos últimos dias teve uma piora e o pulmão dela estava já cerca de 25% comprometido. Ela foi novamente para o hospital, o quadro dela evolui muito rápido e chegando a 80% do pulmão tomado. Entubaram no último sábado e quando foi ontem minha irmã partiu, para nossa tristeza", disse a familiar.

BATALHADORA

Nascida em Cariacica, Márcia começou do zero no setor e prosperou ao longo dos anos. Segundo a irmã, a dedicação e força de vontade fez com que ela se destacasse e cativasse clientes nas décadas à frente do salão que ergueu na famosa rua do Centro de Vitória.

Vitória
Márcia há anos tinha um salão muito conhecido e procurado na Rua Gama Rosa, no Centro de Vitória. (Reprodução/Google Maps)

"Minha irmã foi uma batalhadora, começou do nada, passou pelas mãos da Emília Coiffeur e foi se aprimorando. Aos poucos, ela foi tendo reconhecimento, alugou o ponto onde montou o salão e depois o comprou. Há muitos anos ela diariamente trabalhava ali e era muito feliz com o que fazia. A Márcia adorava viver. Além do trabalho, ela amava viajar, conhecer lugares e pessoas", disse.

Amiga de longa data da cabeleireira, a professora Bete Caseira contou que a ausência de Márcia é uma perda para moradores e comerciantes da Gama Rosa.

"Era difícil encontrar uma pessoa que não a conhecia. Além de cliente, éramos amigas há muitos anos. Embora no Centro, a clientela dela era espalhada, gente da Praia do Canto e muitos outros bairros iam até lá cortar o cabelo com ela porque a Márcia era muito boa", detalhou.

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Márcia era casa e deixa dois filhos, um de 20 e outro de 14 anos. A irmã disse ainda que o sepultamento ocorrerá ainda nesta quarta-feira, no Cemitério Parque da Paz, na Ponta da Fruta, em Vila Velha, em cerimônia rápida e restrita à família devido à pandemia.

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