O corpo de Anderson Simões Campos, morador de Jacaraípe, na Serra, foi velado na manhã de segunda-feira (25) e contou com um integrante um tanto quanto companheiro: o cão Fred, adotado pela família há cerca de cinco anos. O pet ainda tentou entrar no carro da funerária no domingo (24), quando o aposentado morreu, mas se encontrou com o tutor apenas no dia seguinte durante o velório.
A imagem registrada por Antonio Carlos Aprigio, um dos presentes no velório, mostra o cãozinho Fred deitado ao lado do caixão. O corpo do aposentado foi velado em um centro comunitário de Jacaraípe. De acordo com a filha de Anderson, Ariely Campos, Fred subiu as escadas, encontrou a porta e ficou ali, ao lado do dono.
O aposentado de 53 anos morreu de infarto no início da madrugada de domingo (24). A família estranhou que Anderson não retornava mensagens e ligações e decidiu ir à casa dele — ele morava sozinho. No fim da manhã, os familiares o encontraram morto e chamaram a funerária.
Percebendo que o amigo tutor estava sendo levado para outro lugar, Fred tentou entrar no carro da funerária, mas foi impedido. "Ele sabia que meu pai estava lá", diz a filha de Anderson.
Na manhã de segunda-feira (25), durante o velório, o cão apareceu para passar os últimos minutos com o dono, que cuidava dele e lhe fazia companhia há cinco anos. A família preferiu retirar Fred do local para evitar que ele ficasse agressivo ao ver alguém tocando no tutor durante o velório.
"Ele é um cão muito amável, mas pode ser agressivo com as pessoas desconhecidas. Ele poderia até morder se alguém encostasse no meu pai", relata Ariely.
Com o falecimento do aposentado que era seu tutor, Fred agora será cuidado por uma 'tia', irmã de Anderson, que também mora em Jacaraípe, na Serra.
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