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Cadela morreu perto de sobrevivente em desabamento: "ouvi o choro dela todo tempo"

Cadela morreu perto de sobrevivente em desabamento: "ouvi o choro dela todo tempo"

Larissa Morassuti foi a única sobrevivente de um prédio que desabou no dia 21 de abril, no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha. Após a tragédia, ela contou que também perdeu a fiel Lady Mary

Publicado em 12 de maio de 2022 às 07:44

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A doceira Larissa Morassuti, de 37 anos, e a cadela Lady Mary
A doceira Larissa Morassuti, de 37 anos, e a cadela Lady Mary. (Reprodução redes sociais)

A doceira Larissa Morassuti, de 37 anos, única sobrevivente do desabamento de um prédio em Vila Velha, contou nas redes sociais que perdeu a cadela da família na tragédia. O animal ficou ao lado dela o tempo todo, mas acabou não resistindo. Após 20 dias desde o ocorrido, Larissa recordou com saudades a lealdade de “Lady Mary”, como era chamada a mascote da casa.

“Lhes apresento Lady Mary. Era minha cocker, apaixonada pelo meu pai. Ela chorava de ansiedade quando ela começava a subir a escada, mas ela era muito inteligente e sabia que precisava aguardar o vovô subir a escada para depois pular nele”, contou a doceira na publicação.

“Ela deitava no pé de papai enquanto eu e ele batíamos papo na mesa tomando café. Eu e papai ficávamos horas conversando. E eu precisava disputar a atenção dele com a Lady que queria o carinho dele o tempo todo. Era extremamente inteligente, manhosa e parecia um neném de tanto dengo. Andava na rua sem coleira e obedecia com louvor quando eu dizia: ‘Lady, calçada!’”.

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Lady Mary, obviamente muito fiel, na hora do acidente estava deitada perto de mim. Ficou soterrada também, e eu ouvi o choro dela todo o tempo. Ela completaria dois anos no dia 19 de setembro

Larissa Morassuti
Sobrevivente do desabamento 
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O DESABAMENTO 

Um prédio de três andares desabou na Rua Antônio Roberto Feitosa, bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, no dia 21 de abril. Uma câmera de monitoramento na região flagrou o momento exato de uma grande explosão no imóvel antes de o prédio desabar, às 7h14.

Equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam no resgate desde o início da manhã do ocorrido até a madrugada do dia 22 de abril. Quatro pessoas estavam no imóvel que desabou e apenas Larissa sobreviveu. Ela ficou um tempo na UTI do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória, depois foi para uma Unidade Semi-intensiva, e teve alta no dia 27. Na tragédia, morreram o pai, a irmã e a sobrinha da doceira:

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