No último sábado (27), a chihuahua Eva, de dois anos, foi levada até a Bixus Pet Shop e Clínica Veterinária, no bairro República, em Vitória, para tomar banho, como de costume. Ela foi no carro do estabelecimento. Pouco mais de duas horas depois, a tutora dela foi informada de que cadela havia fugido do local. Na manhã desta segunda-feira (29), a cachorrinha foi encontrada morta após ser atropelada na Avenida Adalberto Simão Nader, a poucos metros do estabelecimento. A informação foi confirmada pela babá Ana Karolina Pião, irmã de Beatriz Ribeiro, tutora do animal.
Ana contou à reportagem de A Gazeta que a família está devastada com a notícia. A pet era a paixão de todos os parentes, principalmente dos filhos de Beatriz, os gêmeos de dois anos Maria Leda e Joaquim. Os dois cresceram com Eva, considerada dócil e amável por quem conviveu com ela.
“Minha sobrinha está perguntando para todo mundo onde está a cachorrinha e me mandou até um áudio questionando”, contou Ana. Além da dor de perder uma integrante da família, os parentes estão revoltados com as circunstâncias da fuga.
"Fomos comunicados do sumiço duas horas depois. Sobre a morte, nós que fomos lá questionar. Ele (o dono do pet shop) já sabia que ela estava morta e não nos avisou. Quando chegamos, ele ficou falando por muito tempo e só depois contou que encontraram uma ossada no fim da rua. Ele nem tirou ela de lá. Eva estava destroçada e reconhecemos somente por causa das manchas que ela tinha", contou Ana.
Segundo a babá, o carro da Bixus buscou ela e Ozzy, outro cão da família, para tomar banho. Porém, o proprietário da clínica relatou à família que, quando foram tirá-la do veículo, a cachorra fugiu. Ele ainda informou ter procurado a cadela junto de outros funcionários, sem sucesso.
A tutora de Eva fez uma campanha nas redes sociais, e muitas pessoas compartilharam a foto da cachorrinha e torceram para que ela fosse encontrada.
Ao buscarem informações, os parentes de Beatriz descobriram contradições. “Soubemos que o motorista é um 'quebra-galho', não é preparado para lidar com animais. Depois, pessoas que viram ela [Eva] correndo na rua falaram que um homem andou atrás dela, e não correu, como disseram. Queremos as filmagens, mas ele diz que as câmeras não estavam funcionando”, relatou Ana.
Durante as buscas por Eva, os familiares também se queixaram a respeito das medidas adotadas pela clínica. "A sensação era que tudo era feito como um favor, e não como obrigação pelo caso ter acontecido na clínica dele. Um carro de som foi colocado somente às 16h de sábado, e nos cartazes nem era possível identificar a Eva", disse Ana.
A Polícia Civil informou que o desaparecimento de Eva, registrado pela internet e validado pelo 4º Distrito Policial de Vitória, foi caracterizado como ocorrência para fins de direito civis, fato penal fora do âmbito de atribuições de investigação da corporação.
Em nota, a clínica lamentou o ocorrido e disse estar à disposição para prestar total apoio aos tutores. Informou ainda que, desde sábado, mobilizou esforços imediatos para encontrar o animal. Leia a nota na íntegra:
“A equipe da Bixus lamenta profundamente o ocorrido e está à disposição para prestar total apoio para os tutores da EVA. Informa que, desde sábado, mobilizou esforços imediatos para encontrar o animal como carros de som, equipe de busca nos bairros, divulgação intensa via mídia social e ainda estava em processo de solicitação das imagens de câmeras de monitoramento. A empresa está sensibilizada e empenhada a fornecer toda assistência necessária à família."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta