Uma das cadelas que foi ferida por um homem e resgatada em Mimoso do Sul, no Sul do Estado, morreu na tarde desta quarta-feira (14), após ser adotada por uma moradora do município. No último domingo (11), ela e outra cachorra, ambas prenhas, foram feridas com um objeto cortante, no bairro Antiga Exposição.
Segundo a dona de casa Thamiris Teixeira, a vira-lata de cor caramelo – batizada de Nina – foi adotada por ela na segunda-feira (12). Ela contou que ficou apavorada quando viu os dois animais cheios de sangue na rua. “Meu sobrinho correu e foi dar queixa da pessoa”, disse, em entrevista à TV Gazeta Sul.
A tutora contou que a cachorra estava bem na manhã desta quarta-feira (14). No entanto, no início da tarde, sangrou muito, gemeu e caiu morta no chão. "Foi muito rápido, eu logo liguei para a veterinária, que explicou que a Nina provavelmente perdeu muito sangue por estar grávida e deu hemorragia", comentou.
Segundo a dona de casa, a voluntária Gabrielle Barros – especialista que havia prestado os primeiros socorros às cadelas logo após as agressões – levou Nina para ser enterrada. Antes, no entanto, a veterinária explicou que uma necropsia será feita nesta semana para confirmar a causa da morte.
Gabrielle explicou, ainda, que há vários fatores para a morte da cadela. “O principal foi a perda de sangue e, por ela estar grávida, piora o quadro. Além disso, por ter sido um animal de rua, não sabemos se ela tinha alguma outra patologia e, mesmo com o tratamento dado, não resistiu”, esclareceu.
Segundo a veterinária Gabrielle Barros, a outra cadela agredida no último domingo (11), em Mimoso do Sul, permanece viva e está bem. Temporariamente, a cachorra está na casa da empregada doméstica Adriana Mota, que não tem condições financeiras de ficar com ela de forma permanente.
Dessa forma, Adriana vai cuidar da cadela até esta se recuperar. Depois, o animal será destinado à adoção junto aos filhotinhos que devem nascer no próximo mês. "É triste (que as agressões tenham ocorrido), porque o bichinho não tem maldade. Ele só quer carinho e alguém que cuide dele", disse.
De acordo com a apuração da TV Gazeta Sul, um inquérito policial já foi aberto para apurar as circunstâncias do caso. O suspeito, de 32 anos, pode responder por maus-tratos a animais. O crime prevê pena de dois a cinco anos de prisão.
“O agressor já foi identificado, será intimado para interrogatório e vai responder pela prática do crime previsto no parágrafo 1º A, do Artigo 32 da lei 9.605/98, que prevê crimes de maus-tratos contra cães e gatos. Não haverá impunidade e esse cidadão vai responder de forma muito rigorosa”, explicou o delegado Rômulo Carvalho Neto.
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