Quem recusar a vacina contra a Covid-19, em Vitória, por causa da marca do imunizante - prática conhecida como "sommelier de vacina" - não poderá receber a injeção até que o todo o calendário do Plano Nacional de Imunização (PNI) tenha sido cumprido.
A medida foi aprovada nesta terça-feira (13) durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores da Capital. O Projeto de Lei 118/2021, proposto pelo vereador Anderson Goggi (PTB), tem o objetivo de garantir que o agendamento seja cumprido e evitar o desperdício de doses, já que muitos se recusam depois que a vacina já foi aspirada do frasco.
O texto seguirá para sanção ou não do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). Por nota, a prefeitura informou que quando o projeto for recebido, seguirá a tramitação legal e será analisado pela Secretaria de Saúde e a Procuradoria Geral do Município.
Na segunda-feira (12), antes da aprovação do projeto, a secretária de Saúde de Vitória, Thais Cohen, informou que a Capital registrou cerca de 20 pessoas que tentaram escolher a marca da vacina ou se recusaram a receber o imunizante.
“A quantidade de pessoas que recusaram se vacinar por causa do imunizante que seria aplicado, ou de pessoas que tentaram escolher a vacina, é pequena. Como estratégia, temos investido na comunicação ao esclarecer que as vacinas foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e são seguras. Além disso, não divulgamos a marca da vacina antes da aplicação e operamos várias delas em um mesmo local”, explica.
Em coletiva nesta segunda-feira (12), o secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, também tratou do assunto, ressaltando que a população deve se conscientizar sobre a importância da vacinação, em vez de se basear em conteúdos enganosos de redes sociais. "Qualquer uma das vacinas que está no calendário é segura, eficaz e capaz de derrotar a pandemia ainda neste ano."
Sobre punições, Nésio Fernandes disse que, no serviço público, já há previsão de sanção. Além disso, ele falou que a iniciativa privada é estimulada a adotar medidas que tornem a vacinação de seus colaboradores compulsória.
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