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Cão consegue descer de penhasco e volta para casa em Muniz Freire

Cão consegue descer de penhasco e volta para casa em Muniz Freire

Paçoca foi procurado pelo Corpo de Bombeiros durante quatro dias. Família estava agoniada com o risco do animal não voltar com vida

Publicado em 23 de outubro de 2022 às 19:55

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Paçoca na companhia da tutora Maria dos Anjos, após descer de penhasco
Paçoca na companhia da tutora Maria dos Anjos, após descer de penhasco. (Arquivo Pessoal/Maria Marta Milagre)

O cão que ficou preso em um penhasco na localidade de Santo Amaro, no distrito de Vieira Machado, em Muniz Freire, no Sul do Espírito Santo, voltou para casa neste domingo (23). Paçoca estava sumido desde o último sábado (15) e foi procurado pelo Corpo de Bombeiros por quatro dias. Segundo a família que cuida do animal, ele teria descido sozinho da pedra e foi visto em uma estrada por uma pessoa que o reconheceu e avisou os donos.

A tutora de Paçoca, a aposentada Maria dos Anjos Pena Milagre, de 56 anos, estava desesperada para que o cãozinho retornasse. Ela conta que ficou muito feliz e emocionada quando soube que estava tudo bem.

“Um rapaz que conhecemos viu o Paçoca na estrada, depois de descer do penhasco, e nos ligou. Um filho meu pegou a moto e foi rapidamente ao local onde nosso bicho estava e o encontrou. Depois eu e meu marido fomos atrás. Quando o Paçoca me viu, ele pulou em cima de mim. Eu fiquei tão feliz. A gente sentia muita falta dele, porque ele está presente o tempo todo, é um grande companheiro, muito dócil”, disse Maria.

Por ter ficado mais de uma semana preso no penhasco, Paçoca emagreceu um pouco, mas não aparentou ter machucados, relatou a dona. Era um local perigoso e que oferecia riscos ao bicho, por conta da altura.

O animal seguiu o carro dos donos, que saiu para colheita de café, e encontrou outros cães, que o acuaram. Assustado, Paçoca fugiu para a região do penhasco e foi assim que ele foi parar lá no alto da pedra. 

A família estava com esperança de que pudesse ter o Paçoca de volta, mas a agonia aumentava à medida que os dias passavam e nada do cachorro, mesmo com as buscas feitas pelo Corpo de Bombeiros.  A corporação também havia orientado a família a não tentar procurar por conta do risco de morte por queda.

BOMBEIROS NÃO ENCONTRARAM PAÇOCA

Desde terça-feira (18), equipes de bombeiros realizaram uma operação para encontrar Paçoca, mas enfrentaram dificuldades por conta do difícil acesso à área onde o animal estaria. Ainda na manhã de sexta, o cachorro havia sido avistado pelos donos em um ponto do penhasco.

Com essa informação, segundo o boletim do Corpo de Bombeiros Militar, a equipe realizou uma varredura no local informado, com drone e binóculos, mas o animal não foi localizado.

A partir daí, os militares, com a informação do último ponto em que Paçoca foi visto, percorreram uma trilha aberta por moradores locais, com cerca de 2,8 km de extensão, até chegar ao ponto acima do último local onde o bichinho foi avistado.

Desse local, os bombeiros desceram de rapel para fazer nova varredura, mas o cachorro também não foi localizado. “Realizamos também várias tentativas de chamar o cachorro [Paçoca] para que o pudéssemos localizar, mas não obtivemos sucesso. Terminamos então a descida até a base da pedra e, nessa descida, este continuou por tentar localizar o animal, mas também não teve sucesso”.

A equipe, com o anoitecer e sem visualizar ou ouvir Paçoca, decidiu encerrar as buscas e orientou a família dona do animal a acionar os bombeiros caso avistem ou ouçam o cachorro.

*Com informações de Matheus Passos, da TV Gazeta Sul

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