Willian Santos Câmara, de 28 anos, foi reconhecido como uma das vítimas encontradas mortas na terra indígena Parakanã, no Estado do Pará, neste sábado (30). A informação é da família do pecuarista, natural do município de Boa Esperança, no Noroeste do Espírito Santo. Ele e mais duas pessoas estavam desaparecidas desde o último domingo (24).
Segundo informações de um primo, Willian vivia no Pará há mais de 20 anos, onde morava com a mãe e o pai. Apesar de ter sido criado fora do Estado, ele costumava visitar Boa Esperança, já que uma parte da família permaneceu no município. A última visita do homem ocorreu há menos de 60 dias, conforme afirmam os parentes.
Por causa do avançado estágio de decomposição, o corpo de Willian não será transferido para o Espírito Santo. A família ainda espera pela liberação do IML. Mais detalhes sobre o caso não foram repassados.
Wagney Camâra, primo de Willian, disse à reportagem de A Gazeta que o jovem não era caçador, mas que a atividade de caça para se alimentar é comum onde ele mora.
No último sábado (30), a Polícia Federal do Pará (PF-PA) encontrou três corpos em uma região de mata fechada na terra indígena Parakanã, em Novo Repartimento, Sudeste do Pará. Eles estavam enterrados em covas rasas, cobertos por folhas, e em estágio avançado de decomposição.
A região é a mesma onde três caçadores haviam desaparecido no domingo passado (24). Parentes e amigos chegaram a interditar nesta semana a BR-230, a Rodovia Transamazônica, para protestar contra a demora no início das buscas.
Mais de 150 agentes das polícias Federal e Militar, Força Nacional e Corpo de Bombeiros tentavam localizar as vitimas, desde quinta-feira (28), após autorização da Justiça. Uma lei federal proíbe que pessoas estranhas aos indígenas entrem na reserva sem autorização.
À reportagem do Jornal Nacional, o advogado das famílias disse que os parentes dos caçadores informaram que os pertences encontrados ao lado dos corpos são mesmo dos desaparecidos. Além do capixaba, as outras vítimas foram identificadas como Cosmo Ribeiro de Sousa e José Luiz da Silva Teixeira.
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