Três anos depois de descobrir que tinha o cargo de presidente da República constando na carteira de trabalho, a moradora de Vila Velha Adeyula Dias Barbosa Rodrigues foi contar a sua história no quadro "Acredite em quem quiser", no programa Domingão com Huck, da TV Globo, deste domingo (15), e surpreendeu os convidados.
Os convidados do programa e a plateia tinham que adivinhar quem tinha sido presidente do Brasil por um tempo. Adeyula contou sobre como descobriu em 2020, ao ter o auxílio emergencial negado, que seu contrato de trabalho encerrado há meses estava aberto e que ainda constava como ocupação o cargo de presidente da República. Ela contou que "ficou no cargo" por 30 dias. À época, a história foi contada em primeira mão por A Gazeta e ganhou repercussão nacional.
Outros dois participantes contaram suas "experiências" como presidente. Um suposto homônimo de Itamar Franco relatou que foi confundido com o ex-presidente ao assinar um cheque na década de 1990 no interior de Minas Gerais.
E o outro participante disse que tinha sido contratado em 1999 para trabalhar na segurança do presidente Fernando Henrique Cardoso e que foi confundido por estar em um carro onde deveria estar o então chefe do Executivo nacional.
As histórias dividiram a opinião da plateia. Entre os convidados, ninguém votou pela história da moradora de Vila Velha como sendo a verdadeira. Quando foi revelado que Adeyula era quem tinha sido presidente da República, o padre Fábio de Melo questionou se ela não podia ter pedido aposentadoria. E o humorista Rafael Portugal comentou que 30 dias "é o tempo para inaugurar uma escola".
Adeyula teve seu contrato encerrado com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) em agosto de 2019. Lá ela trabalhava como cuidadora infantil. Antes, ela atuava como auxiliar de secretaria pela Prefeitura de Vila Velha. Apesar de o vínculo ter sido interrompido, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), uma das bases usadas na análise do auxílio emergencial, diz que ela permanecia como servidora municipal.
Na época, a Sedu informou que o cadastro dos servidores na secretaria não é feito na carteira de trabalho, mas, sim, no sistema do próprio órgão, onde o cargo da servidora está como cuidadora.
"A opção 'Presidente da República' não consta no sistema da secretaria. Mesmo o cadastro não tendo sido feito pela Sedu, a equipe se coloca à disposição da ex-servidora para buscar a retificação junto ao Ministério do Trabalho dessa informação."
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