Depois do cabelo platinado ao maior estilo "nevou", outra tendência parece estar fazendo a cabeça do público masculino: o chamado "calvão de cria" — nada mais, nada menos que um corte que imita uma calvície, ou seja, as laterais continuam com os fios e o topo da cabeça fica careca.
O sucesso — no mínimo, inusitado — fez o corte parar nos jornais. Em uma matéria publicada nesta segunda-feira (4), por exemplo, O Globo relata a crescente popularização, com adeptos em vários cantos do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Segundo a reportagem, a nova moda surgiu há uns quatro meses, em uma barbearia na cidade de Três Passos, no Rio Grande do Sul, onde dois clientes fizeram o pedido do corte, baseados em uma imagem da internet. O resultado caiu na web e explodiu: foram mais de 3 milhões de visualizações.
Mas se você estranhou a ausência do Espírito Santo na lista dos Estados adeptos ao corte, calma que lá vem história. Ciente da recente tendência, o barbeiro Marcos Fábio Lourenço Soares, de 17 anos, que trabalha na Serra, repostou um vídeo de quando fez o "calvão de cria". Detalhe: o original foi postado em junho de 2021.
"É um corte simples. Se quiser com a parte de baixo disfarçada, leva uns 15 minutinhos. Faço com a maquininha mesmo. Esse que eu postei tem cerca de um ano e chegou a bater 45 mil visualizações", conta o adolescente. Atualmente, a publicação tem quase 1.400 curtidas no Instagram.
Sentado na cadeira de cliente, estava o programador capixaba Matheus Casimiro Matias. "Um colega me deu a ideia, e eu fui lá e fiz, com a cara e a coragem. O cabelo cresce, então, não dava nada", comenta o jovem que ficou no estilo "calvo" até os fios do topo crescerem e, depois, fez um corte "normalzinho".
Desde então, ele não voltou a adotar o estilo, nem o barbeiro fez outros cortes do tipo. "É muito difícil de sair. Cheguei a oferecer dinheiro, mas nem pagando as pessoas quiseram fazer", admite Marcos Fábio. "É difícil de usar no dia a dia, mas passar um dia para zoar, acho bacana", opina.
O programador Matheus tem posição semelhante e lembra que achou "engraçado" adotar o visual no ano passado, quando ainda tinha 17 anos. "Eu achei bem legal essa nova moda e mais ainda que, possivelmente, foi a gente do Espírito Santo que iniciou essa tendência", comenta.
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