A devastadora onda de incêndios florestais no Chile, que começou na última semana, atingiu proporções alarmantes, deixando um rastro de destruição e um número crescente de vítimas. Entre as testemunhas, a capixaba Andressa Vasconcelos compartilhou momentos angustiantes enquanto estava em Viña del Mar, cidade litorânea que se viu envolta em caos, com toque de recolher decretado pelo governo chileno.
O incêndio, que já destruiu entre 3 mil e 6 mil casas, atingiu os departamentos de Valparaíso, O'Higgins e Araucanía, alastrando-se para áreas urbanas e engolindo bairros inteiros. Autoridades apontam que alguns focos foram provocados de forma intencional, agravados pela severa seca na região e por ventos fortes. O presidente Gabriel Boric declarou estado de emergência, enquanto o número de mortos já ultrapassou 122 vítimas, com mais de 370 desaparecidos.
Andressa Vasconcelos, capixaba que está em viagem ao Chile, testemunha momentos assustadores e relembra o momento em que a normalidade de seu passeio em Viña del Mar foi interrompida. "Estávamos passeando no centro de Viña, quando paramos para almoçar e reparamos as fuligens nas mesas", conta.
A nuvem de poeira provocada pelo incêndio florestal rapidamente se aproximou, transformando o cenário em uma tempestade de areia. O relato prossegue descrevendo a noite sem luz e a repercussão da extensão do desastre.
Andressa ainda relata que, no trajeto, a estrada se tornou um cenário apocalíptico, com vários pontos de incêndio. "Pareceu que estávamos em um filme de terror", destaca.
Com mais de 43 mil hectares destruídos, o governo do Chile ainda analisa o prejuízo causado pelo fogo. No combate às chamas, os bombeiros usam caminhões e helicópteros. Segundo o presidente Gabriel Boric, o "país enfrenta uma tragédia de grande magnitude" e "o fogo avança muito rapidamente", o que dificulta o trabalho de combate, além das condições meteorológicas adversas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta