Duas capixabas que moram em Nova Iorque vivenciaram momentos de muita estranheza por causa da nuvem de fumaça vinda da queima de árvores do Canadá e que atingiu os Estados Unidos nesta semana.
A capixaba e engenheira civil Nathália dos Reis Monteiro mora em Nova Iorque há três anos e meio e começou a perceber que o tempo estava ficando estranho na terça-feira (6). Na quarta-feira (7), a situação piorou e ela teve que trabalhar de casa.
"Na terça à tarde já estava assim e na quarta foi um caos. Eu já estava sentindo um gosto de fumaça, de queimado, e tudo piorou na quarta. ", contou a engenheira.
Nathália disse que estava conversando com a mãe de vídeo pela cidade e foi mostrando para ela como o céu estava alaranjado. "Tava difícil para fazer qualquer atividade ao ar livre. Eu nem fui para a obra na quarta-feira, porque tava difícil de sair, ruim para respirar. É uma coisa que você não imagina viver nesse nível", relatou Nathália.
Thaís Fernandes também é capixaba e disse nunca ter vivido algo assim. A publicitária de 31 anos mora em Nova Iorque há quase dois. Ela disse que mesmo pela manhã, a cidade parecia noite. "O ápice foi a quarta-feira, por volta das duas da tarde. Era impossível ver o sol e parecia noite".
As duas brasileiras relataram que pessoas estavam distribuindo máscaras para quem tivesse que sair, mas a recomendação do governo americano era ficar em casa.
A publicitária registrou a qualidade do ar na quarta-feira. No aplicativo do celular, aparecia um alerta roxo avisando que a qualidade do ar estava nociva.
Em fotos tiradas pelas capixabas, é possível ver a Times Square, um dos pontos mais movimentados de Nova Iorque, com menos pessoas circulando. A aparência da cidade era como em um deserto.
Em outra foto postada nas redes sociais da Nathália, ela até reforça que o registro não tem filtro, e que a aparência do bairro Brooklyn estava insana naquele momento.
Para Thaís, o cenário vivenciado só relembra como as mudanças climáticas tem impactado a vida pelo mundo todo. "Tenho medo do que esses três dias de alerta podem futuramente causar em termos de complicações respiratórias e doenças. Falamos tanto sobre mudanças climáticas como algo distante de nós, porém já chegou. Já estamos vivendo a Mudança climática. Isso foi só mais um pedido de socorro que a natureza fez e que o homem mais uma vez ignorou", pontuou.
*Com informações de Viviane Lopes, do g1ES
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