Capixabas que estão no Marrocos relataram que sentiram os tremores durante o terremoto que atingiu o país na noite de sexta-feira (8) e que, até agora, matou mais de mil pessoas. Mas contam que estavam longe do epicentro, ocorrido nas montanhas do Alto Atlas. Muitas vítimas estão na cidade histórica de Marrakech, uma das regiões mais afetadas.
A jornalista Amanda Menezes Vergna Zuqui e o geólogo Anselmo Ruy Zuqui, naturais de Vitória e Linhares, respectivamente, estão no país a passeio, com o objetivo de conhecer o deserto do Saara e a cultura marroquina. O casal está em Merzouga, que fica, em linha reta, a 400 quilômetros de Marrakech.
“Estávamos no hotel quando sentimos a cama e os lustres balançarem. Foi um tremor bem rápido, coisas de segundos. Ouvimos vozes no corredor e fomos para a rua, assim como os outros hóspedes. Ficamos em Marrakech dois dias e o estrago por lá foi grande”, relata Amanda.
Ao sair do hotel, Amanda e Anselmo verificaram que já havia registros de terremotos na internet, mas, até então, não havia relatos de vítimas.
Eles não receberam assistência especial, pois estão longe dos locais onde houve danos maiores. Amanda comenta que o retorno será por Marrakech, mas a rota deve ser alterada, apesar de o aeroporto estar funcionando normalmente.
“Assusta ver vídeos de locais onde fomos e que agora estão destruídos. Estamos acompanhando tudo com muita tristeza. O povo marroquino é muito acolhedor e alegre. Ficamos tristes por ter que ver a população sofrendo”, lamenta.
A viagem de Amanda e Anselmo foi planejada há três meses. Eles estão no país desde o dia 5 e pretendem voltar para Irlanda, onde moram, no próximo dia 12 de setembro.
Priscila Gama, do movimento Das Pretas, também está no Marrocos. Ela, que é de Vitória, foi convidada para participar de um encontro de inovação e empreendedorismo com outras mulheres brasileiras. Assim como Amanda e Anselmo, ela está longe do epicentro, em uma cidade chamada Argoud, que fica perto da Argélia.
Priscila comenta que o grupo onde ela está já recebeu assistência diplomática. Ela ainda não sabe quando retorna a Vitória, pois depois da visita ao Marrocos vai para os Estados Unidos para participar de uma agenda de sustentabilidade.
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