Publicado em 10 de abril de 2022 às 08:53- Atualizado há 3 anos
Depois de terem os desfiles cancelados em 2021 devido à pandemia de Covid-19, as escolas de samba do grupo especial do Carnaval de Vitória voltaram ao Sambão do Povo, em Vitória, neste sábado (9). Em meio a dificuldades com carros alegóricos, as agremiações superaram os contratempos (antes e durante a festa) e trouxeram muita emoção para a avenida.
O público respondeu à altura: cantou, sambou e se entregou. Ao todo, sete escolas desfilaram: Jucutuquara, Imperatriz do Forte, Novo Império, Independente de Boa Vista, Mocidade Unida da Glória, Piedade e Andaraí.
Logo no início do desfile, o Rei Momo, Luiz Guilherme Monteiro, falou sobre os desafios de se fazer o carnaval deste ano. A alta dos preços dos materiais, principalmente, levou muitas escolas de samba a improvisar nas fantasias e carros alegóricos. Nada que não tenha sido superado pela garra das agremiações de fazer uma grande festa.
Sambas-enredos, como o da Jucutuquara e da Piedade, grudaram na cabeça. Teve coro da plateia e muita animação. Um dos diferenciais da apresentação foi a ousadia trazida pelo intérprete Igor Sorriso, da Jucutuquara. Ele fez algumas paradas propositais na música para que o público cantasse com a escola. Na Piedade, o refrão "chiclete" do Samba foi cantado por todos.
Na Novo Império, o espetáculo maior ficou por conta da bateria, que empolgou os foliões. Conhecida como orquestra capixaba da percussão, a bateria da escola de Santo Antônio foi coreografada, e arrancou gritos e aplausos dos foliões com as famosas paradinhas.
Atual campeã do Carnaval de Vitória, a Independente de Boa Vista entrou no Sambão aclamada. Trouxe exuberância em grandes carros alegóricos com muitos detalhes de brilho e cor. Apresentou também o maior número de alas, todas com fantasias muito bem acabadas.
A Mocidade Unida da Glória (MUG) não ficou para trás. Mesmo com o carro abre-alas quebrado, os integrantes chamaram a responsabilidade e entregaram ritmo e muita disposição. Destaque para a rainha da bateria Fernanda Figueredo, que não parou de sambar um minuto. A escola saiu da avenida acreditando no título e com grito de "é campeã".
A Imperatriz do Forte caprichou no cartão de visita da escola. Na comissão de frente, 13 integrantes executaram, de forma sincronizada, movimentos da dança indiana. A coreografia, com alto nível de dificuldade, chamou atenção. Foi um show à parte para quem assistia ao destile.
A Andaraí também se destacou na bateria, com paradinhas que animaram o público mesmo no final da festa. Também nos momentos em que o intérprete Lauro do Andaraí parava de cantar, era o público que completava o refrão a plenos pulmões, mostrando toda a empolgação.
Quase todas as escolas tiveram problemas com carros alegóricos. Algumas demoraram a colocar as alegorias na avenida e deixaram um buraco no desfile. Outras tiveram problemas mecânicos. Além da MUG, o tripé da Piedade, em forma de coroa, quebrou e ficou de fora do desfile.
As rainhas das escolas fizeram seu próprio espetáculo. Elas exibiram glamour, samba no pé e mostraram porque detêm os postos à frente da bateria. As fantasias estavam muito bem elaboradas e ricas, com pedras e até luz de LED.
Algumas rainhas trouxeram adereços diferenciados. Rose de Oliveira, da Piedade, carregava um bastão dourado de onde saía uma fumaça rosa, combinando com a fantasia. Já a rainha da Andaraí, Fernanda Passon, vestia uma fantasia coberta de ouro, que custou cerca de R$ 200 mil.
Das sete escolas do Grupo Especial, apenas a MUG ultrapassou o tempo máximo para o desfie. Quando ela pisou fora da avenida, o relógio marcava 63 minutos, o limite era 62 minutos e 59 segundos, ou seja, apenas um segundo a mais do que era permitido.
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