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Casagrande considera 'inconcebível' suspeita do MPF sobre leitos de UTI

Casagrande considera "inconcebível" suspeita do MPF sobre leitos de UTI

O Ministério Público Federal ajuizou uma ação em que afirma que os dados de leitos de UTI disponíveis no ES podem ser enganosos

Publicado em 5 de junho de 2020 às 20:26

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Coletiva de imprensa do governador Renato Casagrande desta sexta-feira (5)
Coletiva de imprensa do governador Renato Casagrande desta sexta-feira (5). (Reprodução)

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse que não aceita os questionamentos feitos pelo Ministério Público Federal sobre dados referentes à ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 no Estado.

Casagrande afirmou que considera "inconcebível" que o órgão levante suspeitas e ressaltou que o Estado ocupa a primeira posição no ranking de transparência nos dados sobre coronavírus. As declarações foram dadas durante a entrevista coletiva concedida pelo governador nesta sexta-feira (5).

O governo do Estado é alvo de uma ação civil pública, ajuizada pelo MPF nesta quinta-feira (4), que cobra mais transparência quanto aos leitos de UTI disponíveis para pacientes com Covid-19 em todo o território capixaba. De acordo com o órgão, os dados que estão publicados atualmente seriam enganosos. 

Ao ser questionado sobre a ação, Casagrande ressaltou que o Estado lidera o ranking dos Estados sobre a transparência nos dados sobre Covid-19 e que "o MPF sabe disso". "O trabalho do MPF tem sido perguntar e o nosso é executar as ações. Eles têm perguntado e a gente tem respondido. Estamos em posição de vanguarda na transparência, não aceito que o MPF questiona os dados públicos que temos publicado", disse.

A ação relata que houve recusa de pacientes devido ao atingimento de 100% de ocupação desses leitos em alguns hospitais, sendo que o Portal do Estado ainda indicava a existência de vagas. A ação cita ainda leitos sem condição de funcionamento por falta de equipamentos de proteção individual (EPI) ou leitos que não teriam a capacidade de atender pacientes adultos e teriam sido, mesmo assim, contabilizados nas estatísticas.

Diante desses levantamentos, o MPF conclui que os dados apresentados no Painel do Estado se não "falsos", seriam "pelo menos enganosos", por mascarar a realidade e criar uma falsa percepção de que há leitos disponíveis.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) disse que "repudia toda e qualquer afirmação de que o Poder Executivo estaria divulgando dados falsos ou enganosos para a população." 

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