O governador Renato Casagrande (PSB) afirmou ser inviável colocar policiais militares para fazer segurança armada em todas as escolas no Espírito Santo. Em entrevista à rádio CBN Vitória nesta terça-feira (11), ele descartou implementar a medida, que foi anunciada pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), na segunda (10).
Segundo Casagrande, não existem condições objetivas para a medida, já que a Polícia Militar não teria efetivo suficiente para atender as escolas das redes estaduais e municipais. Ele ainda afirmou acreditar que a declaração de Mello foi dada em um momento de emoção.
"Não acho que o governador de Santa Catarina vai ter capacidade imediata para isso. Acho que ele deu a declaração na emoção. Aqui no Espírito Santo a gente tem 400 escolas estaduais, e tem ainda as dos municípios, que são em um número infinitamente superior. E a gente precisaria de pelo menos dois policiais por escola, porque elas não funcionam só 8h por dia, e sim o dia inteiro. A gente então precisaria de uns 4 mil a 6 mil policiais apenas para isso. E o nosso efetivo da Polícia Militar é de 8 mil policiais", disse.
Na entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, o governador ainda disse que pretende ampliar a Patrulha Escolar, incluindo a contratação de policiais da reserva para reforçar o atendimento.
"É um momento que pede reflexão, porque o que a gente está assistindo é um incentivo à violência. E isso exige ação do governo? Exige. E o governo do Estado já age contra isso. Não tem uma escola que não tem [câmera de] vídeo, que não tem portão eletrônico, que seja aberta e sem controle de entrada. Temos vigia nas escolas, a Patrulha Escolar, e o que estamos nos propondo a fazer é ampliar isso para dar mais segurança às pessoas", destacou Casagrande.
Outra proposta é a de contratar mais assistentes sociais e psicólogos para atendimento nas escolas. De acordo com o Casagrande, o governo pretende ampliar o suporte psicológico aos professores, servidores, pais e alunos.
O governo do Estado pretende anunciar, no dia 27 de abril, o Plano de Segurança Escolar, visando a ampliar a segurança no ambiente educacional.
Além disso, o governador também disse estar atento aos boatos que tem sido espalhados na internet com ameaças de ataques. Para ele, a intenção dos criminosos é criar um ambiente de tumulto e pânico.
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