A redução do número de casos e óbitos diários causados pela Covid-19 ainda não significa o fim das preocupações com o coronavírus. Durante participação no Vitória Summit - Encontro de Líderes 2021, promovido pela Rede Gazeta, o governador Renato Casagrande (PSB) disse que é possível flexibilizar mais atividades econômicas e sociais no Espírito Santo, mas fez um apelo para que órgãos públicos e empresas exijam a vacinação.
A fala ocorreu durante o painel "ES e MG: desafios e oportunidades para 2022", em conjunto com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Com o objetivo de discutir, principalmente, perspectivas políticas e econômicas do Espírito Santo e do país, o Vitória Summit seguirá até esta sexta-feira (26) e terá a programação toda transmitida ao vivo em A Gazeta.
Casagrande pontuou que a pandemia será um assunto persistente no país e no Estado. Ainda assim, existe a expectativa de que, até janeiro, muitas, se não todas as regiões do Espírito Santo alcancem o risco muito baixo de contaminação pela Covid-19.
“Isso permitirá mais atividades econômicas e sociais, sem muitas limitações, mas os cuidados vão ter que continuar. Portugal vai aplicar a quarta dose da vacina, com medo de uma nova onda. Eslováquia e Áustria com lockdown de 15 dias. A gente vê os países preocupados com isso e nós vamos exigir passaporte da vacina.”
O chamado “passaporte da vacina” nada mais é que uma documentação que comprove a aplicação das doses do imunizante contra o coronavírus, e que já vem sendo exigido por alguns órgãos privados e empresas do Espírito Santo e de outras partes do país e do mundo.
A medida também passou a ser adotada pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES), pelo Ministério Público de Contas (MPC), pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e agora pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). O último publicou portaria com as normas sobre o assunto nesta segunda-feira (22).
O Estado também passará a exigir o documento de seus funcionários. Em entrevista para a colunista de A Gazeta, Letícia Gonçalves, o governador Renato Casagrande informou que, a partir do dia 1º de dezembro todos os servidores do Estado vão ter que comprovar que completaram o esquema vacinal, sob o risco de ter o ponto cortado.
O governador fez ainda um desabafo: “Imagina só ter que conversar com o José Lino [presidente da Federação do Comércio no Estado] sobre ter que fechar comércio de novo. Não podemos nem imaginar isso. Quantas conversas a gente teve... Foi duro governar nesse período, foi pesado. Tivemos que tomar medidas que eu nunca achei que fosse ter que tomar. Já pensou um governador ter que determinar que o comércio fosse fechado? Quem em sã consciência acha que um governante gostaria de tomar medidas como essas?", questionou.
"Sabemos que estamos avançando bem, o Estado está bem, Minas Gerais está bem, mas temos que tomar os cuidados necessários e vacina é fundamental para nós”, concluiu Casagrande.
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