O Governador do Estado, Renato Casagrande, falou em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (25), da dificuldade em adquirir medicamentos, entre os quais estão relaxantes musculares, que têm tido alta demanda para uso nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em virtude do aumento de casos da Covid-19. No vídeo transmitido pela TV Senado, a autoridade pede ajuda ao governo federal.
Para Casagrande, a coordenação do governo federal na compra dos remédios é fundamental neste momento de pandemia do novo coronavírus. "Hoje (25) nós estamos encaminhando, do Fórum de Governadores, um pedido ao ministro da Saúde, para que possa coordenar a compra de medicamentos e insumos para serem usados nas UTIs, porque a demanda de relaxantes musculares e outros medicamentos no mundo todo é muito grande e nós estamos com dificuldades de comprar. A coordenação é do governo federal na compra desses medicamentos e é fundamental que o Congresso possa nos ajudar nesse trabalho", afirmou.
Em reportagem transmitida pela TV Globo, no Jornal Hoje desta quinta (25), foi dito ainda que as medicações, também utilizadas no tratamento da Covid-19, como anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares, estão em falta em hospitais de pelo menos 20 Estados brasileiros, além do Distrito Federal.
Além disso, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde fez um levantamento sobre a falta de remédios nos hospitais que são referência para o tratamento da Covid-19, com leitos de UTI, e listou 22 medicamentos usados nos pacientes que precisam ser entubados. Com o aumento dos casos da doença, os estoques acabaram ou estão no fim.
Também em audiência na Câmara dos Deputados, o Governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, reconheceu o déficit nos medicamentos. "Hoje isso é um problema grave no Brasil, é uma realidade muito dura. Faltam medicamentos, os preços explodiram, e os gestores estão com medo de comprar, para depois não terem que responder por ações de improbidade", afirmou.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que "todos os estados do País enfrentam dificuldades na aquisição de medicamentos sedativos, adjuvantes na sedação e relaxantes musculares utilizados no processo de intubação orotraqueal (IOT) em pacientes portadores de COVID-19, devido à grande procura nessa situação de pandemia mundial". Confira na íntegra:
"No cenário estadual, a circunstância ainda não comprometeu o atendimento aos pacientes dos hospitais próprios, mas alguns filantrópicos já sinalizam dificuldades e, por isso, o Estado tem adotado medidas emergenciais como o empréstimo de medicamentos.
Além disso, a Sesa, por meio do Conass, tem debatido com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por meio de um Termo de Cooperação, viabilizar uma compra nacional única com empresas nacionais e internacionais".
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