O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, afirmou que haverá uma reunião nesta terça-feira (20) entre governadores dos Estados e o Ministério da Saúde para tratar sobre a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus. Durante entrevista para a CBN Vitória na tarde desta segunda-feira (19), Casagrande afirmou que pretende sugerir que o governo federal compre também a vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o governo de São Paulo.
A vacina paulista se mostrou segura em testes com 9 mil voluntários brasileiros, reafirmando o resultado anterior de um teste realizado na China com 50 mil pessoas. Casagrande afirmou que pedirá ao governo federal que compre a vacina para que a imunização da população seja feita da forma mais rápida possível. O governador reforçou, porém, que a estratégia adotada pelo Espírito Santo é de subordinação ao Ministério da Saúde que, segundo ele, possui campanhas exitosas de vacinação.
"O Butantã pode ter vacina a partir de janeiro ou dezembro. Nosso pedido é que o governo adquira a vacina do Butantã para que nós possamos distribuir as vacinas o mais rápido possível. Nossa estratégia é de estar subordinado ao comando do Ministério da Saúde, que tem uma história de campanhas de vacinação muito exitosas no Brasil. Amanhã teremos uma reunião com o ministro da Saúde. Nosso pleito é que o Ministério compre todas as vacinas disponíveis a partir de janeiro", explicou.
O governador Renato Casagrande também fez questão de ressaltar que, em um primeiro momento, não haverá vacinas disponíveis para toda a população brasileira e que, por isso, não deve haver uma disputa entre os estados pelas doses de imunização. Ele garantiu, porém, que o Espírito Santo já está preparado para começar a distribuir a vacina quando ela estiver disponível.
"O Brasil não terá vacina para todos ao mesmo tempo. O Ministério da Saúde vai definir a ordem prioritária de vacinação. Estamos tomando as nossas iniciativas e estarmos preparados para isso, o Estado já se preparou para quando tiver vacina. A pior coisa do mundo é se tiver uma competição entre os Estados pela vacina, mas acho que o Ministério vai saber coordenar essa campanha de vacinação", afirmou o governador do Estado.
Casagrande também comentou sobre a queda de braço entre o governador de São Paulo, João Dória, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, acerca da disponibilização e obrigatoriedade da vacina desenvolvida pelo governo paulista. O governador do Espírito Santo ressaltou que, durante a reunião desta terça-feira com o Ministério da Saúde, adotará uma posição mais parcimoniosa.
"Eu vou jogar água nessa fervura, porque nessa hora não podemos ter nenhuma disputa, independente da posição ideológica, dos interesses políticos. Minha posição será de quem quer achar um caminho rápido para resolver essa situação", disse.
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