Diz o ditado popular que quem casa, quer casa, certo? Isso pode valer para a maioria dos casais, mas não se aplica a Wagner Sergio Pereira, de 52 anos, e Natália Cristina da Silva Veloso, de 28. Na verdade, eles até possuem uma casa, mas ela tem duas rodas e apresenta-se de forma itinerante. Nesta terça-feira (22), por exemplo, a residência deles foi momentaneamente Vitória, mas até o fim do dia ou no mais tardar na manhã desta quarta-feira (23), já será a cidade baiana de Teixeira de Freitas.
Reservista da Polícia Militar de Rondônia, Wagner, conhecido como Geleia, se juntou com Natália há 11 anos. Desde então os dois compartilham os momentos juntos a bordo de uma motocicleta – que, no momento, é uma Honda Pop 110i – rodando pelos Estados brasileiros e também pelo continente.
A aventura mais recente da dupla foi iniciada em janeiro, quando decidiram rodar todas as capitais do país até o fim do ano. Mais de 20 mil quilômetros percorridos desde então, foi a vez de chegarem à capital capixaba.
"Nossa casa é isso aqui que você está vendo, é a moto. Levamos uma barraquinha, algumas poucas roupas e seguimos viagem. Hoje cedo chegamos a Vitória e daqui vamos até Jaguaré (no Norte do Estado), onde ficaremos na casa de um amigo de estrada. Depois vamos seguir subindo pelo Nordeste todo. Nossa meta é concluir todas as capitais até o início de dezembro", contou Geleia.
O apelido de Geleia dado ao Wagner é pela semelhança que os conhecidos dizem que ele tem com o monstro do filme "Os Caça-Fantasmas, mas o que ele e Natália caçam mesmo são novos lugares a serem desbravados, além de escrever uma história sem um final certo. Tudo o que fazem viram episódios para o canal que eles alimentam constantemente nas redes sociais. É no "Geleia na Estrada Casal Top de Pop" que a aventura é apresentada aos inscritos, inclusive a ajuda que recebem e que é fundamental.
Ao descerem pela Terceira Ponte pela manhã, a cena de viajantes a bordo de uma "popzinha" chamou a atenção do motoboy e fotógrafo freelancer Roberto Viana.
"Vi eles dois chegando pela ponte e achei diferente. Paramos para conversar e logo eles me explicaram os objetivos. Achei muito legal e resolvi dar uma forcinha, mesmo os dois sendo corintianos", brincou o palmeirense.
Além da solidariedade recebida nos destinos aleatórios, Wagner e Natália contam com a ajuda de outras pessoas, tanto que ao final da expedição eles irão sortear a moto usada na aventura pelo Brasil.
"Nossa ideia é quando finalizarmos a aventura do ano é de alguma forma retribuir a ajuda recebida desde o início do ano. Então vamos dar um jeito de sortear, rifar ou presentear uma destas pessoas que colaboram para que a gente siga rodando", disse Geleia.
Se a pandemia permitir, a meta do casal é cruzar a fronteira brasileira e prologar a viagem aos países vizinhos, o que não seria uma novidade. Em anos anteriores Wagner e Natália já visitaram todos os países latinos que fazem fronteira, além de outras expedições pelo continente.
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