Os moradores de Pacotuba, no interior de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, estão sofrendo com os prejuízos deixados pela chuva de granizo. Eles vivem em casas simples, com paredes e teto de telha, que foram atingidos pelas pedras de gelo no dia 31 de março.
Na casa da Luciene de Souza, poucas telhas ficaram inteiras. O marido chegou até tapar os buracos usando pedaços de telha e cimento, porém, mesmo assim, essa solução não adiantou muita coisa. “Ele até começou a tapar os buracos, mas estão caindo, e com isso, a gente fica bastante preocupado”, disse.
A chuva forte que atingiu a localidade, na quarta-feira do dia 31, causou danos em diversas cidades no Sul do Estado. Os moradores da região, que moram em casas de telha, tiveram que sair à noite, no meio da chuva para buscar abrigo na única casa que tem laje na região. Uma obra em construção foi onde passaram a noite.
Na manhã seguinte, quando a Eliane Silva chegou na casa onde mora com o marido e as filhas, encontrou todos os cômodos alagados. “ Quando entrei em casa, todos os móveis e televisão estavam molhados, a nossa sorte é que deu pra colocar no sol e, por isso, o prejuízo não foi maior”, relata.
Eliane e Luciene são cunhadas. Os maridos trabalham na roça e recebem por dia de trabalho, a família de cada uma vive com no máximo R$ 1 mil por mês. Elas garantem que não tem como arcar com telhas novas, e pedem ajuda.
“Meu marido colocou uma lona sobre a nossa casa, mas fico com medo de tudo cair, pois a estrutura pode não aguentar. Com a situação que vivemos hoje, não tem dinheiro para a gente comprar, a gente está precisando de ajuda”, disse.
A Prefeitura de Cachoeiro informou, por meio da coordenadoria de Proteção e Defesa Civil e a Secretaria de Desenvolvimento Social, que já realizou o cadastro das famílias atingidas e elas foram contempladas com a entrega de cestas de alimentos, material de limpeza, colchões e travesseiros.
Informou ainda que não pode realizar nenhum tipo de distribuição gratuita de materiais de qualquer natureza, sem que tenha lei autorizativa, um programa de auxílio determinado por critérios objetivos e para atendimento apenas à população em estado de vulnerabilidade social e que não detém condições de realizar os reparos nas residências, devidamente comprovados, mediante relatório de situação social. Qualquer auxílio sem a observância desses critérios legais é tido como doação irregular de bem público a particulares, sujeitando o responsável em ato de improbidade administrativa.
A prefeitura lembrou que o Governo do Estado tem o programa de cartão reconstrução, que é utilizado nessas situações.
Com informações de Gustavo Ribeiro/TV Gazeta Sul
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