> >
Caso Luísa Lopes: ato pede por justiça à modelo morta há um ano

Caso Luísa Lopes: ato pede por justiça à modelo morta há um ano

Manifestantes se reuniram em frente ao Clube dos Oficiais, no bairro Jardim da Penha, em Vitória, onde a ciclista foi atropelada no dia 15 de abril de 2022

Publicado em 14 de abril de 2023 às 21:15

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Manifestantes exibiram cartazes durante ato em memória da ciclista Luísa Lopes
Manifestantes exibem cartazes durante ato em memória da ciclista Luísa Lopes. (Vitor Jubini | AG)
Maria Fernanda Conti
[email protected]

Amigos e familiares de Luísa Lopes realizaram na noite desta sexta-feira (14) um ato em memória da modelo, morta há um ano pela corretora de imóveis Adriana Felisberto, que ingeriu bebida alcoólica minutos antes do acidente. A manifestação começou às 18h e aconteceu em frente ao Clube dos Oficiais, em Jardim da PenhaVitória, na região em que houve o atropelamento.

O repórter fotográfico de A Gazeta, Vitor Jubini, esteve no local e constatou que os manifestantes fecharam a pista da Avenida Dante Michelini, no sentido do bairro Jardim Camburi, por volta das 19h. Motoristas relataram um engarrafamento intenso que começou ainda na Enseada do Suá, próximo ao Shopping Vitória.

Com cartazes em mãos, o grupo pede por justiça e maior celeridade na condenação da corretora. "O ato é para dar um grito de alerta no sentido de que está demorando demais para acontecerem as coisas – e não só a família, mas a sociedade também precisa de uma resposta. Essa manifestação foi organizada por quem mais amava a Luísa", afirmou Ivan Lopes, pai da ciclista.

Em vídeo registrado no local, foi possível ver os manifestantes entoando a seguinte letra: "Chega de morte, não aguento mais! Nossa Luísa não vale 3 mil reais", em que é feita referência aos valores pagos em fianças por suspeitos de homicídios no trânsito.

Caso Luísa Lopes ato pede por justiça à modelo morta há um ano
Um ano após atropelamento, ato em Camburi pede justiça pela morte de Luísa Lopes(Vitor Jubini | A Gazeta)

A Polícia Militar foi procurada para dar uma estimativa de quantas pessoas compareceram ao ato. Assim que houver retorno, este texto será atualizado.

Relembre o caso

No dia 15 de abril de 2022, a modelo foi atropelada na Avenida Dante Michelini, em Vitória, pela corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, à época com 33 anos. Com o forte impacto, Luísa chegou a ser arremessada em cima do veículo, antes de ser arrastada por vários metros. A bicicleta da modelo ficou destruída após o acidente. 

À esquerda, Luísa Lopes, ciclista que morreu. À direita, Adriana Fesliberto, motorista suspeita de ter atropelado a vítima
À esquerda, Luísa Lopes, ciclista que morreu. À direita, Adriana Fesliberto, motorista suspeita de ter atropelado a vítima. (Montagem | Instagram | TV Gazeta)

As investigações da Polícia Civil concluíram que Adriana ingeriu bebidas alcoólicas no dia do acidente. Ficou comprovado que a corretora consumiu copos de cerveja e doses de vodca durante mais de 3 horas, inclusive cerca de 10 minutos antes de atropelar a modelo. 

Adriana Felisberto foi proibida pela Justiça de dirigir e não teve a prisão pedida, nem se sentou ainda no banco dos réus. O caso tramita no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e os últimos andamentos no processo ocorreram em março.

A Justiça acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Espírito Santo em dezembro de 2022. Na ocasião, o MPES denunciou Adriana por homicídio doloso – quando há a intenção de matar – com a capacidade psicomotora alterada, pedindo que ela fosse proibida de dirigir. O órgão justificou que a liberdade da corretora não oferece riscos à sociedade e solicitou que ela não fosse presa preventivamente.

Na denúncia, o Ministério Público fez uma solicitação à Justiça para a acusada ir a júri popular. O pedido foi aceito pela juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage, mas a audiência de instrução, que antecede essa etapa, ainda não foi marcada.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais