O advogado Leonardo Gagno, que faz a defesa do ex-policial Hilário Frasson, afirmou que apesar dos fortes depoimentos de testemunhas de acusação nesta segunda-feira (23) - primeiro dia de julgamento do assassinato da médica Milena Gottardi -, crê que é possível reverter a situação do réu. Hilário é ex-marido de Milena e acusado de ser o mandante do assassinato da médica.
As primeiras testemunhas ouvidas contaram sobre dificuldades de Milena no relacionamento com o ex-marido e relataram episódios de medo e pressão que ela sentia nos dias antes do crime. Para a defesa, porém, as depoentes estão "criando histórias".
"Hoje é o dia mais complicado para a defesa, porque é um momento de ataque. Todas as provas que são produzidas vem num contexto de criar um Hilário que é um monstro, que é agressivo, que coage psicologicamente a Milena, que não é a pessoa de bem que parecia ser pra toda a sociedade. Isso assusta um pouco. Nós temos a percepção que essas mulheres, como elas foram muito abaladas pela morte, e elas estavam razoavelmente próximas da Milena, elas estão criando essas histórias", afirmou Gagno.
O advogado continuou: "Temos contraprovas de que muitas afirmações delas são mentirosas, e no momento adequado, que são os debates, nós vamos trabalhar com isso."
Ao afirmar que acredita na possibilidade de Hilário ser declarado inocente, Leonardo Gagno disse que a versão que será apresentada pela defesa é coerente e condiz com provas apresentadas.
"Nós vamos trabalhar com uma versão que vai ter coerência com as provas nos autos. Não estamos aqui para trazer uma história mirabolante, e sim uma história que tem suporte em todo o conteúdo probatório dos autos."
Ele ainda destacou: "Deve ser uns sete dias (de julgamento) no meu cálculo. Sinto que deve terminar no domingo a noite. Tem muita água pra passar debaixo da ponte ainda, muita prova pra ser produzida. Meu sentimento é que vamos conseguir fazer uma história que faz sentido para os jurados tomarem a decisão se o Hilário é inocente, se é culpado, e se é culpado por qual crime efetivamente, qual a pena que ele merece se for responsabilizado".
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