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Caso Milena: defesa pede que Esperidião fique no mesmo presídio que Hilário

Caso Milena: defesa pede que Esperidião fique no mesmo presídio que Hilário

A solicitação foi feita logo após a leitura da sentença, ocorrida na noite de segunda-feira (30). Hilário, segundo a Sejus, está em um presídio destinado aos agentes de seguranças em reclusão

Publicado em 31 de agosto de 2021 às 20:04

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Caso Milena Gottardi
Esperidião Carlos Frasson, ex- sogro de Milena Gottardi, condenado como um dos mandantes do assassinato da médica . (Polícia Civil /Arte Geraldo Neto)

A defesa de Esperidião Frasson, condenado como um dos mandantes do assassinato da médica Milena Gottardi, em 2017, solicitou à Justiça que o cumprimento de sua pena de 30 anos possa ser feito no mesmo presídio em está o seu filho, Hilário Frasson, ex-marido da vítima e também condenado pelo mesmo crime.

Caso Milena - defesa pede que Esperidião fique no mesmo presídio que Hilário

O argumento foi de que a medida facilitaria a visita dos familiares. Foi informado ainda que Hilário estaria detido no PSME II (Penitenciária de Segurança Média II). Por nota a Secretaria de Justiça (Sejus), responsável pela administração dos presídios, informou que o ex-marido da vítima está no PSME I (Penitenciária de Segurança Média I), que é a unidade destinada à reclusão de agentes de segurança.

Em ata do julgamento é informado que o juiz oficiou a Sejus sobre o assunto. “Oficie-se à Sejus conforme solicitado pela defesa do acusado Esperidião, a fim de que verifique disponibilidade do local para o qual deseja ser transferido, além da conveniência e oportunidade de tal deslocamento, notadamente diante da pandemia decorrentes da Covid-19”, diz o texto.

A defesa de Esperidião não foi localizada para se manifestar sobre o assunto. Durante os oito dias do julgamento a presença de familiares de Esperidião e Hilário não foi identificada no auditório, segundo informações da equipe  que atuou na organização do Tribunal do Júri.

No local estavam apenas familiares de  Bruno Broetto, Dionathas Alves Vieira, Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palauro Filho.  Além da família da médica.

Por nota a Sejus informou que ainda “não foi oficiada sobre as sentenças e esclarece que a movimentação de detentos é realizada de acordo com a determinação judicial, a disponibilidade de vagas das unidades prisionais e o perfil de cada condenado”.

Informou ainda a unidade em que estão os seis condenados pelo crime da médica. Eles estavam em locais destinados a presos provisórios e em breve devem ser transferidos para unidades de presos condenados.

  • Hilário Frasson:  Penitenciária de Segurança Média 1
  • Esperidião Frasson –  Centro de Detenção Provisória de Viana 2
  • Dionathas Alves Vieira –  Centro de Detenção Provisória de Guarapari
  • Bruno Broetto -  Centro de Detenção Provisória de Guarapari
  • Valcir da Silva Dias -  Centro de Detenção Provisória de Vila Velha
  • Hermenegildo Palauro Filho -  Centro de Detenção Provisória da Serra

VEJA A CONDENAÇÃO DE CADA UM DOS ENVOLVIDOS NO CRIME:

  • Hilário Frasson (ex-marido de Milena e mandante do crime): soma das penas era de 42 anos de reclusão, mas foi fixada na pena máxima permitida no Brasil, de 30 anos - condenado por homicídio qualificado, feminicídio e fraude processual. 
  • Esperidião Frasson (ex-sogro de Milena e mandante do crime): soma das penas era de 34 anos e oito meses de reclusão, mas foi fixada na pena máxima permitida no Brasil, de 30 anos - condenado por homicídio qualificado, feminicídio e fraude processual. 
  • Dionathas Alves Vieira (executor do crime): 18 anos e 8 meses de reclusão - condenado por homicídio qualificado e fraude processual, com reconhecimento da causa especial de redução de pena por colaboração com a Justiça. 
  • Valcir da Silva Dias (intermediou a negociação entre mandantes e executor): 26 anos e 10 meses de reclusão - condenado por homicídio qualificado e fraude processual. 
  • Hermenegildo Palauro Filho (intermediou a negociação entre mandantes e executor): 26 anos e 10 meses de reclusão - condenado por homicídio qualificado e fraude processual. 
  • Bruno Broetto (deu apoio, fornecendo a moto usada no dia do crime): 10 anos e 5 meses de reclusão - condenado por homicídio simples, com reconhecimento de menor participação no crime. 

Todos cumprirão a pena em regime fechado e não poderão recorrer em liberdade. Os seis condenados, além da prisão, terão que indenizar, juntos, a família de Milena Gottardi em R$ 700 mil. A sentença foi lida pelo juiz Marcos Pereira Sanches.

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