As iterceptações telefônicas durante as investigações da morte da médica Milena Gottardi, além de estabelecerem vínculo entre os seis réus acusados do crime, demonstraram uma conduta fria do ex-marido Hilário Frasson, apontado como um dos mandantes do assassinato. Ele acessou pornografia e marcou encontro com uma garota de programa dois dias após a ex-mulher ser baleada.
Em depoimento na tarde desta terça-feira (24) em julgamento dos acusados, o policial Igor de Oliveira Carneiro, que participou das investigações do caso, fez uma retrospectiva sobre aqueles dias. Acompanhe o júri em tempo real aqui.
O crime aconteceu em 14 de setembro de 2017, uma quinta-feira, e Milena teve a morte declarada no dia seguinte. Igor falou que, no sábado (16), Hilário fez vários acessos a sites pornográficos e se encontrou com uma garota de programa.
"Isso nos surpreendeu e nos passou a ideia de uma falta de sentimento em relação à morte da médica", avaliou.
A médica Milena Gottardi, 38 anos, foi baleada no dia 14 de setembro de 2017, quando encerrava um plantão no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Maruípe, Vitória. Ela havia parado no estacionamento para conversar com uma amiga, quando foi atingida na cabeça.
Socorrida em estado gravíssimo, a médica teve a morte cerebral confirmada às 16h50 de 15 de setembro.
As investigações da Polícia Civil descartaram, já nos primeiros dias, o que aparentava ser um assalto seguido de morte da médica (latrocínio). Naquele momento as suspeitas já eram de um homicídio, com participação de familiares.
Ao liberar o corpo de Milena no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, Hilário teve a arma e o celular apreendidos pela polícia. Ele não foi ao velório e enterro, que aconteceram em Fundão, onde Milena nasceu.
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