Familiares de Vivian Lima de Almeida, morta os 29 anos, em julho de 2020, pelo ex-marido Thiago Cruz de Oliveira no bairro Araçás, em Vila Velha, realizaram um protesto nesta quarta-feira (2), em frente ao fórum do município, onde acontece o a audiência de instrução do acusado. A manifestação é pacífica e eles pedem que o acusado seja julgado por um júri popular.
A audiência que acontece nesta quarta-feira é justamente para decidir se Thiago vai ou não a júri popular. Os manifestantes levaram cruzes com o nome da vítima e carregavam camisas pedindo Justiça pelo assassinato de Vivian. A irmã da jovem, Gláucia Lima, conversou com a reportagem da TV Gazeta.
"Ele tem que ficar preso. Diante do que ele fez, ele não pode ficar solto. Nos surpreendeu, porque ele se fazia de cínico. É um protesto pacífico, para mostrar que queremos que ele vá a júri popular. Queremos justiça”, afirmou.
Cunhado de Vivian, Fábio também reforçou o pedido de Justiça pela morte da cunhada. Ele afirmou que o principal medo da família é que Thiago seja inocentado no caso.
“É por isso que estamos aqui hoje. Queremos que seja feita justiça limpa e verdadeira. Ele não pode ser solto. Nosso medo hoje é que, após o julgamento, ele saia pela porta da frente”, disse.
A reportagem da TV Gazeta tentou conversar com familiares de Thiago, que também estiveram no Fórum de Vila Velha, mas eles não quiseram gravar entrevista.
Vívian Lima de Almeida, de 29 anos, foi encontrada morta dentro de sua própria casa na rua Mônaco, no bairro Araçás, em Vila Velha, em 28 de julho de 2020. O corpo apresentava sinais de violência, segundo a Polícia Militar, e a perícia foi acionada. De acordo com informações da PM, o cunhado encontrou o corpo da vítima e relatou que ela teria se mudado para a residência há dois dias.
A Polícia Militar informou ainda que desde o dia 27 a família não conseguia fazer contato com ela. A PM foi acionada por volta das 16h do dia do crime, quando o cunhado encontrou a vítima na casa. A polícia ainda afirmou que havia sinais de violência no corpo da mulher e que nenhum suspeito foi detido até o momento.
Na ocasião, o repórter Fábio Linhares, da TV Gazeta, conversou com a irmã da vítima. Ela contou que na segunda-feira Vívian teria que buscar o filho de oito anos na casa do pai, mas ela não apareceu. Além disso, ela teria parado de responder mensagens e de atender ligações.
A irmã alegou que Vívian era muito atenciosa e preocupada com a família, o que ligou o alerta dos parentes, que foram procurá-la na casa e encontraram o corpo da vítima. A família afirmou que Vívian não estava recebendo ameaças nem tinha nenhuma inimizade.
Inicialmente, os familiares de Vívian descartaram que Thiago tivesse sido capaz de tirar a vida da ex-mulher. Mas as investigações e as provas coletadas, contudo, levaram à prisão dele em agosto. Imagens de câmeras do bairro onde aconteceu o crime mostram que a última pessoa a entrar na casa Vivian foi Thiago, na segunda-feira (27), um dia antes dela ter sido encontrada morta. Lá, ele permaneceu por 1h30. À polícia, ele admitiu que esteve na casa da ex-mulher, mas negou a autoria do crime.
Em 24 de setembro de 2020, a Justiça decretou a prisão preventiva de Thiago. Na nova decisão, o magistrado decidiu acolher o requerimento do Ministério Público Estadual. "Diante dos elementos expostos e tudo mais que dos autos consta e ancorado nos requisitos do art. 312 do CPP (conveniência a instrução criminal), acolho o requerimento do Ministério Público Estadual e decreto a prisão preventiva do investigado Thiago Cruz Oliveira", determinou.
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