Após dois anos sem confeccionar os tradicionais tapetes de Corpus Christi por conta da pandemia de Covid-19, Castelo, no Sul do Espírito Santo, voltará a enfeitar as ruas com quadros e passadeiras. Os trabalhos, segundo a organização, começaram há cerca de um mês. Neste ano, o evento será celebrado no dia 16 de junho.
Um dos organizadores da produção, Geraldo Vinco, 72 anos, conta que a expectativa é grande. Este ano o tema será: "Eu sou o pão vivo descido do céu". Serão 17 quadros e 17 passadeiras ao longo de 1,5 km pelas ruas que circulam a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, no Centro da cidade.
“Estamos na correria, muito envolvidos e preparando os materiais. Além dos temas eucarísticos, os quadros irão abordar o nascimento de Jesus, o meio ambiente e a pandemia, que nos fez pensar no mundo de forma diferente. Ao marcarmos as ruas, as pessoas já nos perguntavam se iria ter. Todos estão animados com o retorno dos tapetes”, contou o coordenador, que participa da produção desde 1970.
Segundo Vinco, cerca de três mil voluntários – na sede e interior – estão envolvidos na produção, como a pintura de palha de café, pedras, areia, flores, folhas e diversos outros materiais usados.
A tradição, que começou em 1963, reúne uma multidão de visitantes que se encanta com a beleza das produções artísticas dos tapetes de Corpus Christi. O evento é a maior festa católica do gênero no Espírito Santo e uma das maiores do país.
Em 1992, a confecção dos tapetes de Castelo foi suspensa, devido a uma outra pandemia, a de cólera. Na época, a aglomeração de pessoas era um risco e poderia aumentar a transmissão da doença, pois a cidade já recebia muitos turistas.
Corpus Christi é uma expressão originária do latim e, em tradução para o português, significa “Corpo de Cristo”. A celebração de comemoração ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia como fonte e centro da vida de toda a comunidade cristã. Nesse dia o Corpo de Cristo se transforma em remédio e alimento para os sentidos dos homens, de acordo com a tradição da igreja Católica.
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