O Cemitério da Boa Vista, localizado em Maruípe, Vitória, será expandido com a construção de 15.888 novas vagas, que servirão para sepulturas no futuro. A obra também prevê a realocação de restos mortais que atualmente estão sepultados em nichos no muro do cemitério – alvo de reclamação de moradores, que relatam incômodo com a proximidade entre os ossos e as residências.
O contrato com a Engesan Construções, Serviços e Saneamento foi assinado no dia 11 de maio e publicado no Diário do município.
Conforme divulgado pela Prefeitura de Vitória, os mais de 15 mil nichos serão construídos em uma área livre do cemitério. As obras vão custar um valor de R$ 3,5 milhões.
Segundo o secretário da Central de Serviços, Leonardo Amorim, apesar de o prazo estipulado para o final da obra ser de nove meses, a prefeitura esperar terminar a construção em até seis meses.
"Não há falta de nichos atualmente, mas precisamos sempre de uma quantidade mínima. Já prevendo a necessidade futura, assinamos o contrato e vamos começar a construção. A ideia é melhorar a circulação das pessoas no cemitério", afirma.
Perguntado sobre os muros, o secretário detalhou que houve um pedido dos moradores para que os atuais nichos, com restos mortais, fossem retirados da estrutura que separa o Cemitério da Boa Vista das casas em Maruípe.
De acordo com Leonardo Amorim, as famílias dos entes enterrados no região mais elevada serão notificadas sobre a mudança. A ideia, segundo o secretário, é que os parentes possam escolher para onde vão levar os ossos. Uma opção é o próprio Cemitério da Boa Vista, nos novos nichos que serão construídos. Caso todos os nichos sejam retirados das paredes, de acordo com a autorização dos familiares, o muro poderá ser retirado e uma nova estrutura construída.
"Os moradores pediram que os nichos fossem retirados dos muros, porque incomoda, por fazer divisa com as casas. Podemos atender essa demanda, por isso traremos para um ambiente mais seguro. Há um processo informando as famílias, com um prazo estabelecido. Só iremos retirar se as famílias autorizarem", afirmou o secretário.
O Cemitério da Boa Vista, em Maruípe, é ocupado por sepulturas que não são definitivas. Seguindo uma legislação federal, a prefeitura desocupa nichos e comunica as famílias após quatro anos do enterro. O espaço, então, é destinado a um novo sepultamento.
Nesta fase de construção, os trabalhadores devem preparar o terreno, fazer uma espécie de nivelação, cavar o nichos e realizar uma concretagem.
Perguntado sobre a viabilidade de um cemitério vertical, Leonardo Amorim afirmou que a secretaria realiza pesquisas e estudos sobre a estrutura, mas ainda não é possível confirmar se o município receberá alguma unidade.
"Temos alguns estudos para trazer algum conforto, humanização e novos equipamentos. São obras que dependem de uma estrutura diferenciada. Não é possível antecipar detalhes, mas temos esse objetivo", afirma Leonardo.
O município de Viana, também na Grande Vitória, construiu o primeiro cemitério vertical do Espírito Santo. São 448 nichos em uma área gramada no bairro Morada Bethânia. O local é silencioso, distante de qualquer comércio e com vista para o município.
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