"Encontramos uma cena bem chocante e catastrófica. A aeronave estava bem avariada, danificada e inclusive jorrando combustível". Essa foi a frase que o Capitão Vinícius Pedroni, do Corpo de Bombeiros, usou para descrever o incidente envolvendo um helicóptero que caiu na manhã desta quarta-feira (6) em uma área de mata no bairro Riviera da Barra, em Vila Velha.
Em entrevista ao jornalista Fábio Botacin, na CBN Vitória, Pedroni descreveu o estado das vítimas que estavam dentro da aeronave.
"Sinais de fraturas, traumas devido à queda. Posteriormente, conversando com um médico do Samu, a causa da morte foi justamente esse politrauma que os dois sofreram, e uma hemorragia interna muito grave", complementou.
Pedroni destacou que as equipes tentaram reanimar o piloto, Octávio Schneider Queiroz, de 68 anos, e a passageira, Lucimara Poleto, por quase uma hora. "Mesmo com medicação, reanimação cardiorrespiratória de qualidade, Bombeiros e Samu revezando a reanimação, não houve sucesso mesmo após 50 minutos de tentativa", lamentou.
O capitão lembrou que a aeronave caiu perto de residências, em uma área pertencente ao Aeroclube do Espírito Santo. Ele afirmou que, por conta da presença de muitas casas e de uma avenida no entorno, poderia ter acontecido uma tragédia muito maior.
"A região fica logo ao lado de uma avenida. Poderia ter ocorrido uma tragédia muito maior. Eu mesmo fui em uma das casa próximas, e o helicóptero caiu a cerca de 50, 40 metros de distância. Um morador chegou a relatar sobre o susto que tomou. Até agradecemos, pois a participação popular nesse caso foi muito positiva", enfatizou o militar.
Câmeras do Aeroclube do Espírito Santo flagraram o momento da queda do helicóptero. No canto superior esquerdo das imagens é possível ver quando a aeronave cai desgovernada em uma área de mata no bairro Riviera da Barra, em Vila Velha. O acidente aconteceu exatamente às 10h27.
Octávio Schneider Queiroz, que pilotava a aeronave, e a passageira Lucimara Poleto morreram ainda no local, após sofrerem paradas cardiorrespiratórias. Segundo o irmão de uma das vítimas, os dois namoravam e voltavam de uma viagem feita a Guarapari.
Fabricado em 2010, o helicóptero tinha capacidade para transportar até quatro pessoas, incluindo o piloto. A aeronave também tinha situação de aeronavegabilidade regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e autorização para realizar voos visuais noturnos. Comandando o helicóptero, Octavio era habilitado e teria mais de 30 anos de experiência.
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