Pela primeira vez, o Espírito Santo tem acesso ao número, mesmo que parcial, da população quilombola que vive no Estado. São 1.546 pessoas morando em comunidades descendentes de escravos. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o primeiro balanço de coleta do Censo de 2022, no último dia 30.
O Estado já tem informações sobre o perfil de quem respondeu os recenseadores, ainda que o instituto esteja com dificuldades nas coletas. Os profissionais que estão conduzindo a pesquisa já passaram em 345.902 domicílios. Ao todo, 937.710 pessoas foram entrevistadas, sendo 489.559 mulheres e 448.151 homens.
O IBGE também conseguiu descobrir até agora 3.536 indígenas que residem em terras capixabas. Ao todo, de acordo com o estudo, os capixabas representam 1,61% dos indivíduos visitados no país até a divulgação do balanço, no dia 30 de agosto.
De acordo com o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte, alguns avanços foram observados. “Quanto aos quilombolas, mesmo sendo parcial, esse já é um número inédito, pois é a primeira vez que estamos fazendo essa investigação”, declarou.
O IBGE informou que quase 60 milhões de pessoas foram entrevistadas em 20.290.359 domicílios no país. Por unidades da Federação, 36,51% dos entrevistados estavam no Nordeste; 35,51%, no Sudeste; 11,87%, no Sul; 9,44%, no Norte; e 6,67%, no Centro-Oeste.
O sistema do Censo possibilitou a geração de pirâmides etárias parciais. Até o momento, 47,8% dos recenseados são homens e 52,2%, mulheres.
“Já conseguimos observar na pirâmide parcial o envelhecimento da população, com o topo da pirâmide mais avolumado, e picos nas idades de 20 e 40 anos, conforme o esperado. Os indicadores de qualidade vêm mostrando que a informação é consistente. Não há indícios de que haja sub ou sobre enumeração de alguma idade”, declara o gerente técnico do Censo.
O Censo 2022 conta com 144.634 profissionais. O déficit de recenseadores, segundo o instituto, está sendo enfrentado com o lançamento de editais para processos seletivos complementares, e o andamento acontece como o esperado.
“A produtividade individual dos recenseadores está dentro do esperado. Os setores estão sendo trabalhados no tempo adequado, e os sistemas de coleta, acompanhamento e transmissão estão funcionando bem, assim como os equipamentos”, informou Luciano Duarte.
Para quem ainda vai ser entrevistado pelo Censo 2022, é importante saber que os recenseadores estarão sempre uniformizados, com colete do IBGE, boné do Censo, crachá de identificação e DMC ( Dispositivo Móvel de Coleta). Em caso de dúvida, é possível identificar o agente no site do IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. Além disso, as informações do profissional constam no crachá do entrevistador.
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