Seis pessoas já foram abrigadas no Centro de Quarentena de Vitória desde que o espaço foi inaugurado no último dia 3. Até esta sexta-feira (17), dois ainda permaneciam acolhidos. O espaço é destinado aos que vivem em vulnerabilidade social e que apresentam sintomas leves da Covid-19. De acordo com a Prefeitura de Vitória, nestes quinze dias foram acolhidos moradores que vivem em situação de rua.
A estrutura, montada na área dos camarotes do Sambão do Povo, oferece 50 leitos a cada 15 dias. A expectativa é de que funcione até o final do ano, o que garante a possibilidade de atendimento para até 800 pessoas.
O espaço é destinado a idosos acamados, pessoas com deficiência física, moradores de rua e pessoas da comunidade que não conseguem fazer isolamento por morarem em habitações pequenas e aglomeradas. A triagem dos pacientes é feita pelas áreas de Assistência Social e Saúde de Vitória.
O coordenador do Comitê de Gerenciamento das Políticas Sociais dos impactos causados pela Covid-19 em Vitória, Bruno Toledo, explica que se trata de um serviço de acolhimento a pessoas que precisam de apoio para enfrentar o momento da pandemia. Preparamos um serviço fundamental para cuidar dos mais vulneráveis, que não conseguem cumprir o isolamento e, sem ele, transmitem a doença para outras pessoas.
O valor global do investimento é de R$ 2,257 milhões, segundo o convênio 055/2020, dos quais R$ 1,055 milhão já foi empenhado, ou seja, liberado para pagamento. A previsão é de que o total seja utilizado nos seis meses em que o espaço pode funcionar. O valor foi aplicado não só na estrutura, montada na área dos camarotes do Sambão do Povo, mas também em equipamentos que permitam o seu funcionamento, como móveis e rouparia.
Considerando o período em que os serviços podem ser oferecidos, por seis meses, o preço da diária do local será de R$ 250. Valor destinado a custear o que será oferecido no local.
Por dia serão cinco refeições, cuidados por 24 horas, técnico de enfermagem monitorando as pessoas em tempo integral, acompanhamento de assistente social e psicólogo - por estarem em confinamento -, acompanhamento de uma unidade de saúde e médico, uma vez que se o quadro de saúde dos pacientes piorar eles precisam ser internados.
Há ainda lavanderia especializada para roupas contaminadas, espaço com cama, rouparia e atividades terapêuticas monitoradas. Uma equipe com mais de 40 profissionais, entre assistentes sociais, técnicos de enfermagem, psicólogos, segurança e limpeza atuam no local
Bruno Toledo observa que a estruturação do Centro de Quarentena foi a melhor opção para o município. Se o espaço não tivesse sido estruturado, em última situação, teríamos dificuldades em relação aos públicos diversos na rede hoteleira, e teria sido necessário adotar estratégias distintas, o que dificultaria o atendimento, destaca.
Ele explica ainda que o investimento é um valor destinado para os seis meses. Caso não seja utilizado em decorrência do comportamento da pandemia, será devolvido aos cofres públicos, o que reduziria o valor final da diária. Fizemos uma previsão de orçamento para os seis meses de atuação do Centro de Quarentena. Se a pandemia acabar antes, o valor que sobrar será devolvido, afirmou.
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