Catedral Metropolitana, Palácio Anchieta, Parque Moscoso, Escadaria Maria Ortiz. A riqueza histórica e cultural passa necessariamente pelo Centro de Vitória, mas vai além de pontos turísticos que, durante muitos anos, concentraram economia, política e a vida social do Estado. Projetos, agora, se propõem a revitalizar a região.
“O Centro flui, o Centro pulsa e precisa de políticas públicas para transformar a Jerônimo Monteiro e trazer as maravilhas que sempre estiveram aqui: cinemas, teatros, museus, cafés, restaurantes, atrações turísticas, culturais e valorização do patrimônio histórico arquitetônico”, defende um dos proprietários do Oca Bistrô e Ateliê, Fabrício Costa Silva. O local reúne arte, comida e música e movimenta a região há três anos.
Estrada um pouco mais longa possui a Eletrônica Gorza, instalada há 41 anos na região, num negócio que vem passando por gerações. “Sou apaixonado pelo Centro, que continua sendo excelente para compras, pois tem acesso às principais vias da cidade, ciclovia e muita gastronomia, história e cultura, mantendo a tradição da boemia. E com a revitalização do Mercado Capixaba se potencializará ainda mais”, estima o proprietário Giovanni Gorza.
Já a psicóloga Jamille Coimbra está feliz com a mudança de Jardim Camburi para o Centro, há menos de um ano. “Acho o Centro bonito, tenho amigos aqui e resolvi apostar. Hoje penso porque demorei tanto! Gosto de como as pessoas ocupam o bairro. Os comerciantes e moradores são antigos, me sinto mais segura e à vontade. Meu apartamento tem um quarto, pago um aluguel menor e é espaçoso. Há bares, restaurantes e, quando fecha a rua, dá para caminhar e pedalar até Camburi”, conta.
Mas, enquanto moradores e comerciantes valorizam o Centro, há uma demanda permanente para que o poder público promova a revitalização da região.
Uma das iniciativas da administração municipal é reformar e reabrir Mercado da Capixaba, enquanto o governo do Estado já deslocou sete órgãos que estavam instalados em outro lugar e, agora, funcionam no Centro.
O prédio que foi sede do clube Saldanha da Gama também está passando por intervenções para ser um espaço para eventos e restaurante.
No antigo Hotel Majestik, vai atuar uma entidade que realiza trabalho social, e o uso de grafites é estimulado para deixar Vitória ainda mais bonita.
“A revitalização do Centro é prioridade. Queremos uma publicidade mais harmônica, fachadas preservadas, mais 'ruas vivas' para os pedestres, com a ocupação de prédios para moradia e a fiação aérea organizada”, destaca a secretária estadual de Turismo, Lenise Loureiro.
O presidente da AmaCentro, Lino Feletti, sonha com dias melhores. “Gostaria de um Centro mais bem cuidado, com as pessoas ocupando as ruas para contemplar a arquitetura, aproveitar as opções culturais, com grupos de samba e um visual onde fios e cabos estejam organizados”, finaliza.
“O Centro tem tudo a ver com o nosso negócio, pois tem memória histórica, patrimônio e cultura; e queremos participar da mudança para um Centro mais cultural, mais turístico, mais organizado. O Centro flui, o Centro pulsa e precisa de políticas públicas para transformar a Jerônimo Monteiro e trazer as coisas maravilhosas que sempre estiveram aqui: cinemas, teatros, museus, cafés, restaurantes, atrações turísticas, culturais e valorização do patrimônio histórico e arquitetônico”, Fabrício Costa Silva, sócio do Oca Bistrô e Ateliê com o marido Caio Cruz
“Achava o Centro muito bonito, já tinha amigos aqui e resolvi apostar. Hoje fico pensando por que demorei tanto. Gosto da forma como as pessoas ocupam o bairro e as praças; os comerciantes e moradores são antigos. Sinto-me mais segura vivendo aqui, me sinto à vontade, em casa. Meu apartamento tem um quarto, pago menos e é super espaçoso para mim. Tem muitas opções de bares, restaurantes e fecha a rua no fim de semana; então dá para caminhar e pedalar até Camburi." Jamille Coimbra, psicóloga, moradora do Centro
“Sou apaixonado pelo Centro. Ele é lindo, encantador! Hoje temos a internet, o comércio nos bairros, os shoppings, mas o Centro continua sendo um excelente lugar para compras, pois tem acesso às principais vias da cidade, ciclovia, além de um grande potencial gastronômico, histórico e cultural, mantendo a tradição da boemia. E com a revitalização do Mercado Capixaba, tende a se potencializar ainda mais. Tenho uma unidade na Praia do Canto, mas não abro mão desta loja, que já tem 41 anos”. Giovanni Gorza, proprietário da Eletrônica Gorza
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