O nível do Rio Doce aumentou e está acima da cota de inundação em Colatina e Linhares nesta terça-feira (11). Em um intervalo de 24 horas, em Colatina a água subiu cerca de 1,60 metro, enquanto que em Linhares foram 90 centímetros.
Em Colatina, o rio começa a causar alagamentos a partir dos 5,80 metros. Nesta manhã, a régua marcou 6,48 metros, quase 70 cm a mais. Já em Linhares, a água atingiu 4,40 metros. Há inundação em áreas do município quando o nível chega a 3,45 metros.
A cheia é resultado da forte chuva que incide em Minas Gerais, na região da cabeceira do rio, principalmente na Usina de Mascarenhas. A tendência é que o volume de água aumente nas próximas horas.
A previsão é de que ainda na noite desta terça-feira o rio chegue a 5,10 metros em Linhares. Já em Colatina, por volta das 13h, a água pode vir a até 7,10 metros.
A situação em Linhares é mais preocupante. No momento, sete famílias do bairro Olaria precisaram deixar as casas devido aos alagamentos. A prefeitura informou, por nota, que a Defesa Civil do município monitora as comunidades ribeirinhas e orienta que as famílias se desloquem para o abrigo no ginásio do bairro Conceição. Uma família foi para a casa de parentes, as restantes estão no ginásio. São 26 pessoas fora de casa no município.
Há registro também de transtornos na rodovia ES 248, que dá acesso a Povoação, no litoral. A reportagem solicitou um posicionamento ao Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) sobre o que pode ser feito para evitar ou amenizar o problema para quem passa pela via.
Por nota, o DER-ES informou que em novembro do ano passado foi dada ordem de serviço para as obras de pavimentação da rodovia, entre Pontal do Ipiranga e Povoação. Explica que a empresa tem seis meses para a elaboração do projeto, que vai contemplar os trechos de alagamento e depois irá executar a obra.
A pavimentação que será executada tem quase 30 km de extensão e terá pista simples, acostamento, ponto de ônibus com abrigo, implantação de interseção e acessos e nova sinalização vertical e horizontal. Enquanto isso, a empresa faz a manutenção do trecho, mas é necessário que a chuva cesse para iniciar os serviços de patrolamento.
Há pontos de alagamento em Colatina nos bairros Marista, Martinelli, Maria das Graças e Vila Lenira. O trecho da avenida Beira-Rio, embaixo da ponte Florentino Avidos, no Centro, precisou ser interditado por causa da quantidade de água na via.
Aos 7,10 metros, há a perspectiva de que mais localidades possam ser afetadas, segundo a Defesa Civil do município. “Estamos acompanhando os dados que vêm das usinas e não há expectativa de diminuição por agora. Continua aumentando o nível. Continuamos fazendo visitas e alertando a população ribeirinha”, disse o coordenador do órgão, Alex Bruno Guerra.
*Com informações de Eduardo Dias, da TV Gazeta Norte, e Gabriela Fardin, da TV Gazeta Noroeste
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