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Cheia do Rio Doce causa alagamentos em Linhares e Colatina

Cheia do Rio Doce causa alagamentos em Linhares e Colatina

Aumento do volume de água ocorre pela incidência de chuva em Minas Gerais. Tendência é que nas próximas horas o nível do rio continue subindo

Publicado em 11 de janeiro de 2022 às 10:13

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Régua marca 4,50m no Rio Doce, em Linhares
Régua marca 4,50m no Rio Doce, em Linhares. (Eduardo Dias/TV Gazeta Norte)
Cheia do Rio Doce causa alagamentos em Linhares e Colatina

O nível do Rio Doce aumentou e está acima da cota de inundação em Colatina e Linhares nesta terça-feira (11). Em um intervalo de 24 horas, em Colatina a água subiu cerca de 1,60 metro, enquanto que em Linhares foram 90 centímetros.

Em Colatina, o rio começa a causar alagamentos a partir dos 5,80 metros. Nesta manhã, a régua marcou 6,48 metros, quase 70 cm a mais. Já em Linhares, a água atingiu 4,40 metros. Há inundação em áreas do município quando o nível chega a 3,45 metros.

A cheia é resultado da forte chuva que incide em Minas Gerais, na região da cabeceira do rio, principalmente na Usina de Mascarenhas. A tendência é que o volume de água aumente nas próximas horas.

A previsão é de que ainda na noite desta terça-feira o rio chegue a 5,10 metros em Linhares. Já em Colatina, por volta das 13h, a água pode vir a até 7,10 metros.

LINHARES

A situação em Linhares é mais preocupante. No momento, sete famílias do bairro Olaria precisaram deixar as casas devido aos alagamentos. A prefeitura informou, por nota, que a Defesa Civil do município monitora as comunidades ribeirinhas e orienta que as famílias se desloquem para o abrigo no ginásio do bairro Conceição. Uma família foi para a casa de parentes, as restantes estão no ginásio. São 26 pessoas fora de casa no município.

Há registro também de transtornos na rodovia ES 248, que dá acesso a Povoação, no litoral. A reportagem solicitou um posicionamento ao Departamento de Edificações e Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) sobre o que pode ser feito para evitar ou amenizar o problema para quem passa pela via. 

Por nota, o DER-ES informou que em novembro do ano passado foi dada ordem de serviço para as obras de pavimentação da rodovia, entre Pontal do Ipiranga e Povoação.  Explica que a empresa tem seis meses para a elaboração do projeto, que vai contemplar os trechos de alagamento e depois irá executar a obra.

A pavimentação que será executada tem quase 30 km de extensão e terá pista simples, acostamento, ponto de ônibus com abrigo, implantação de interseção e acessos e nova sinalização vertical e horizontal. Enquanto isso, a empresa faz a manutenção do trecho, mas é necessário que a chuva cesse para iniciar os serviços de patrolamento.

Água chega na rua, na região do Porto do Rio Doce, em Linhares(Eduardo Dias/TV Gazeta Norte)

COLATINA

Há pontos de alagamento em Colatina nos bairros Marista, Martinelli, Maria das Graças e Vila Lenira. O trecho da avenida Beira-Rio, embaixo da ponte Florentino Avidos, no Centro, precisou ser interditado por causa da quantidade de água na via.

Ponto de alagamento na Avenida Beira Rio, embaixo da ponte Florentino Avidos, em Colatina
Ponto de alagamento na Avenida Beira-Rio, embaixo da ponte Florentino Avidos, em Colatina. (Leitor de A Gazeta)

Aos 7,10 metros, há a perspectiva de que mais localidades possam ser afetadas, segundo a Defesa Civil do município. “Estamos acompanhando os dados que vêm das usinas e não há expectativa de diminuição por agora. Continua aumentando o nível. Continuamos fazendo visitas e alertando a população ribeirinha”, disse o coordenador do órgão, Alex Bruno Guerra.

*Com informações de Eduardo Dias, da TV Gazeta Norte, e Gabriela Fardin, da TV Gazeta Noroeste

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