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Chikungunya: casos disparam em 2023 e ES é 4° Estado com mais infectados

Chikungunya: casos disparam em 2023 e ES é 4º Estado com mais infectados

Espírito Santo já registrou mais de 4 mil casos prováveis da doença neste ano e tem uma das maiores incidências do país; número já ultrapassa o total de 2022

Publicado em 27 de abril de 2023 às 13:51

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Espírito Santo já registrou 4.317 casos prováveis de chikungunya desde o início de 2023. O número supera – em muito – aqueles contabilizados ao longo de todo o ano passado. Atualmente, se comparado aos demais, o cenário capixaba é o quarto pior do país no que diz respeito à doença.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, os casos prováveis entre os dias 1º de janeiro e 15 de abril representam um aumento de 727% se comparados ao mesmo período do ano passado, quando houve registro de 522 notificações. O Estado só fica atrás de Minas GeraisBahia e Tocantins.

Quando considerada a incidência da doença, o Espírito Santo também aparece na quarta posição, com uma taxa de 105 casos por 100 mil habitantes. Ela só é menor que as de Tocantins (277), Minas Gerais (227) e Mato Grosso do Sul (112). No mesmo período de 2022, a incidência capixaba era de 12 casos.

Outro dado que chama atenção é que o território capixaba voltou a registrar morte por chikungunya. Neste ano, o Espírito Santo já tem um óbito pela doença – mesma quantidade de outros três Estados: PiauíAlagoas e Paraná. A triste lista é completada e puxada por Minas Gerais, com 13 mortes.

As informações mais recentes sobre a chikungunya no Espírito Santo são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgadas nesta quinta-feira (27). Conforme o boletim epidemiológico, o Estado já tem 1.039 confirmações e 3.583 casos suspeitos. Ao todo, foram feitas 7.497 notificações.

Considerando os últimos 28 dias, cinco cidades capixabas estão com uma incidência considerada alta (mais de 300/100 mil hab): Afonso CláudioMucuriciPedro CanárioMarataízes e Viana. Outras três estão com a incidência no nível médio (de 100 a 300): Ponto BeloSooretama e Itapemirim.

3.045 notificações
de chikungunya foram feitas ao longo de 2022 no ES

Brasil, como um todo, já está com mais de 86 mil casos prováveis de chikungunya neste ano, espalhados em mais de 2 mil municípios. A taxa de incidência no país é de 40 casos por 100 mil habitantes. Desde o início de janeiro, 19 pessoas morreram por causa da doença e 34 mortes ainda são investigadas.

Sintomas e prevenção

A chikungunya é uma doença causada por um vírus transmitido por meio da picada do mosquito Aedes aegypti – o mesmo que transmite a dengue e a zika. Entre os sintomas mais comuns estão: febre repentina, erupções vermelhas na pele e dores pelo corpo, principalmente nas articulações.

Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, vírus zika e chikungunya
O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya. (Divulgação)

O diagnóstico é feito clinicamente, por um médico. Os exames necessários são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já o tratamento varia de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente e consiste em medicamentos para amenizar os incômodos causados pela doença.

O combate à chikungunya se resume a impedir a reprodução do Aedes aegypti. Ou seja, são as mesmas orientações para prevenir a dengue: evitar acúmulo de água em vasos de plantas, pneus, garrafas etc. Usar calças, blusas de manga comprida e repelentes também ajuda a evitar a picada do mosquito.

Entenda

O Ministério da Saúde usa o termo "caso provável" na elaboração do informe semanal de arboviroses urbanas. Pela definição, "caso provável" é um caso clinicamente compatível com a doença, mas sem a identificação de vínculo epidemiológico ou a confirmação laboratorial do agente causador, neste contexto, do vírus da chikungunya.

Chikungunya - casos disparam em 2023 e ES é quarto Estado com mais infectados

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