As chuvas que causaram estragos no Espírito Santo, principalmente na região Sul e na Grande Vitória, devem permanecer no Estado até o próximo dia 16. A previsão foi divulgada em um relatório do Corpo de Bombeiros nesta quinta-feira (10), ressaltando, ainda, que as regiões Sul, Serrana e a Grande Vitória devem ser novamente as mais afetadas.
O major Siwamy, do Corpo de Bombeiros, afirmou que o volume de chuvas que atingiu o Estado durante a quarta (9) e a quinta-feira (10) - chegando a mais de 180 mm na Serra, município mais atingido - estava na previsão das forças de segurança. Ele afirmou que haverá uma diminuição do volume já a partir da noite desta quinta (10) e também na sexta (11), mas, no final de semana, a chuva pode voltar a aumentar, se mantendo até o dia 16.
"A tendência é que, no decorrer dessa noite (10), esse nível de chuvas vá diminuindo. Na sexta-feira (11), vai ter pancadas isoladas de chuva de uma intensidade moderada, não tão forte quanto os últimos dois dias, nas regiões Sul, Serrana, na Grande Vitória e Noroeste. Na parte mais Nordeste, onde é mais plano, não vamos ter tanta incidência assim", afirmou.
O major informou também que as ocorrências registradas pelas forças de Defesa Civil e de proteção do Estado foram diferentes no interior, onde o aumento do nível dos rios causou mais preocupação, e na região Metropolitana, por conta da dificuldade dos municípios na drenagem da água da chuva.
"Foi diferente para a Grande Vitória e para o interior. Cariacica e Serra tiveram quedas de muros e partes de residências afetadas, mas sem vítimas. Já no interior, a gente teve muitas atuações relacionadas a inundações. Na Grande Vitória, temos problemas de drenagem de água pluvial. Já no interior, temos o aumento do nível dos rios. Isso gera queda de barreiras, encostas que deslizam, quedas de árvores e contribui para obstruir vias também", ressaltou.
Segundo o relatório do Corpo de Bombeiros, 14 pessoas ficaram desalojadas em todo o Estado em decorrência das chuvas, sendo seis em Cariacica e oito em Ibiraçu, na região Norte. O major Siwamy creditou isso ao aprendizado das forças de defesa com os outros eventos que aconteceram no Estado neste ano.
"Em janeiro, passamos por aquele evento forte, em junho tivemos outro alerta parecido com esse, então a memória está muito forte. As pessoas acreditaram que os alertas, os avisos que chegaram eram importantes, que era importante acatar as orientações da Defesa Civil Municipal e toda essa antecedência fez o nosso pessoal, que está atuando nos municípios, agir com antecedência. Considero que, pelo nível de chuvas que a gente teve, esse número de desalojados, que a gente considera baixo, se dá por uma atuação antecipada dos órgãos de proteção e Defesa Civil", ressaltou.
O major reiterou, porém, que ainda haverá mais incidência de chuvas no Estado e, por isso, a população deve continuar em alerta e seguindo as orientações da Defesa Civil. Ele lembrou que a atenção deve ser redobrada para as pessoas que moram em área de risco.
"As pessoas que residem em áreas de risco devem prestar muita atenção. Se mora próximo a encostas, barrancos, se tiver minando água, postes, cercas e árvores inclinando, rachaduras em casa, barulhos estranhos, são todos sinais de perigo. Frente a isso, não pense duas vezes antes de sair de casa. Deve ir para a casa de parentes, amigos e fazer contato com os números de emergência dos Bombeiros, 193 e 199", finalizou.
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