Foram 10 horas de chuva forte e um volume de 175 milímetros de água que alagou as ruas centrais de Iconha, no Sul do Espírito Santo, na noite desta quinta-feira (30). Diversas casas e estabelecimentos comerciais da região central ficaram alagados durante esta sexta-feira (31). Para os moradores, os problemas desta vez, foram causados porque os bueiros não deram vazão à água da chuva.
O lanterneiro Antônio Biancardi, que tem um comércio na entrada da cidade, passou horas tentando salvar os equipamentos da oficina. Parte das paredes e o telhado do local foram para o chão. Nem a maior enchente de Iconha, em janeiro, causou tanto prejuízo ao profissional.
Eu falei com meu filho: vamos tirar as coisas que vai ficar feio. Quando olhei para trás, já tinha água. Começamos a levantar as coisas. Era 21h da noite e estava aqui preso, ainda dentro d água, disse o lanterneiro.
Para ir trabalhar, o Tadeu Acoí teve que enfrentar a água. Para ele, faltou drenagem. A água não tem saída. Foi muita chuva. Sorte que o rio de Iconha não encheu, comentou.
A mesma análise fez o comerciante Denivan Coutinho, que ficou acompanhando o volume da água durante a madrugada. Ele acredita que a forte chuva não foi o único motivo que causou alagamento na cidade. Um pouco foi um aterro que fizeram. Depois disso, qualquer coisa é essa água aí. A população está revoltada com os bueiros entupidos e obras mal feitas, disse o comerciante.
Em entrevista à TV Gazeta Sul, o chefe de gabinete de Iconha, Leandro Mazadre, disse que a prefeitura não esperava o volume de chuva que ocorreu no município. Tivemos um pequeno deslizamento em uma empresa e tivemos também uma pessoa desalojada, que vai para a casa de parentes até a água abaixar. O que aconteceu foi muita chuva num curto espaço de tempo. Os bueiros não deram conta de escoar, mas a secretaria de Obras vai avaliar de novo, pode ter algum entupido de lá para cá. Quanto ao aterro, não temos conhecimento e vamos ao local avaliar, disse o servidor público.
A prefeitura divulgou em nota que o sistema de drenagem da cidade, logo após a enchente de janeiro, passou por manutenção, em parceria com o Governo do Estado. Porém, reafirma que o sistema não foi suficiente para drenar todo o volume de água que caiu sobre a cidade.
Quanto ao assoreamento do rio, a prefeitura fez uma solicitação ao Estado logo após a enchente de janeiro, para desassorear. Hoje, esse pedido foi reiterado através de ofício. O município disse que não possui recursos para realizar a ação, que gira em torno de quase R$ 1 milhão.
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