Ao menos uma característica não mudou no trânsito da Grande Vitória nas últimas semanas: os buracos na Avenida Leitão da Silva, uma das vias mais importantes da Capital. O trecho passa por uma operação tapa-buracos menos de três anos após ser inaugurado. Os motoristas ou motociclistas que trafegam pela avenida muitas vezes são surpreendidos pelo tamanho e extensão dos buracos. Em alguns locais, alguns são próximos, o que dificulta até o desvio e mudança de faixa.
Desde o dia 22 de novembro, A Gazeta acompanha a situação, que envolve o governo do Estado, responsável pela obra, e a Prefeitura de Vitória, pela localização da avenida.
Na primeira vez em que foi procurado pela reportagem, o Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), responsável pela intervenção, informou que a manutenção começou no dia 12 de novembro, portanto, há mais de duas semanas. A previsão inicial era que a operação tapa-buracos fosse concluída em 20 dias, mas o DER-ES considerou uma ampliação do prazo por causa das chuvas.
As chuvas, aliás, parecem piorar o trânsito na avenida. As imagens registradas nesta quarta-feira (30) pelo fotógrafo de A Gazeta Ricardo Medeiros mostram os buracos, alguns com água, e como afeta o fluxo de veículos. Alguns carros preferem desviar, outros reduzem a velocidade. Há casos em que o veículo passa em alta velocidade, fazendo barulho e espalhando água.
Outro fator fruto de reclamações de motoristas era que os buracos abertos pelo DER-ES não contavam com sinalização, nem durante a execução do serviço durante o dia, tampouco à noite.
A Prefeitura de Vitória, no entanto, que não é responsável pelos reparos, mas tem a avenida como um dos principais pontos da cidade, instalou dois painéis eletrônicos. Os avisos foram inseridos no cruzamento com a alça de acesso à Rua Elias Tomasi Sobrinho e no cruzamento da avenida Rio Branco. Os dois painéis foram colocados dias após o início da operação, na última quinta-feira (24).
A relação entre a Prefeitura de Vitória e o governo do Estado quando o tema é Leitão da Silva virou, inclusive, coluna do jornalista Leonel Ximenes em A Gazeta. O colunista chama atenção para o "confronto" entre as duas instituições.
A reportagem de A Gazeta perguntou ao DER-ES sobre a operação tapa-buracos, questionando se o prazo dado inicialmente está mantido e se, apesar das chuvas, os reparos continuam.
Em nota, o DER-ES informou apenas que o trecho continua sendo monitorado e a empresa está mobilizada executamento tratamento paliativo até o fim das chuvas.
"Com o tempo seco e firme, o trabalho vai ser finalizado com tratamento definitivo nos trechos comprometidos. O Órgão informa ainda que tem acompanhado os trabalhos no local", diz a nota.
Em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, da CBN Vitória, o Diretor-presidente do DER-ES, Luiz Cesar Maretto, reforçou que a chuva tem atrapalhado a operação tapa-buracos, mas que a drenagem planejada para a avenida tem funcionado como esperado.
"Importante dizer que apesar dos buracos, a drenagem funciona perfeitamente. O grande problema [antes das obras] era o alagamento, o que foi resolvido. A chuva gera dificuldade no reparo, pedimos desculpa à população. A intenção era fazer as obras nesse período, mas infelizmente veio a chuva", disse o representante do DER-ES.
Maretto explicou que os buracos presentes na avenida são, na verdade, a falta de uma capa. É colocada uma superfície de 3 ou 4 centímetros para o trânsito dos veículos. Sem a capa, aparecem os buracos no trecho.
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