Ao contrário do previsto no lançamento da obra, as novas ciclovias que vão ser construídas nas laterais da Terceira Ponte só vão poder ser utilizadas quando os trabalhos forem concluídos. A ampliação da via, feita por estruturas metálicas, foi iniciada em abril, e os perfis de aço a serem utilizados já estão sendo preparados em São Paulo.
Pelo projeto inicial, anunciado em 2019, seria construída uma ciclovia de uma lado da ponte e posteriormente a outra. Com isto a expectativa era de que na metade do prazo para a finalização da obra, em 2022, uma delas já fosse liberada para uso, o que não poderá ocorrer agora em decorrência de mudanças na montagem da estrutura.
O secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, explicou que a mudança foi proposta pela equipe responsável pela obra. “É uma medida necessária em função do peso da estrutura, e por isto as obras precisam acontecer dos dois lados da ponte. Dois andaimes foram preparados para realizar a montagem”, explicou.
O canteiro de obras foi instalado do lado de Vitória. Os dois andaimes de 80 metros, chamados de “Quik Deck”, ficam suspensos e foram instalados embaixo da ponte.
Os trabalhos, segundo a Semobi,serão executados pelo Consórcio Ferreira Guedes Metalvix, pelo valor de R$ 127 milhões. A montagem da estrutura deve ser concluída em três anos, com os primeiros seis meses dedicados aos projetos.
A estrutura metálica que será utilizada na ponte já foi produzida pela empresa Gerdau, em São Paulo, e quase 80% já está pronta. Vão ser utilizados quase três mil toneladas de aço. O material vai ser agora preparado para ser enviado ao Espírito Santo.
“A Gerdau fabrica o perfil e da usina o material vai para uma unidade em São Paulo, onde será cortado, receber as furações e pintura de acordo com as especificações do projeto da Terceira Ponte. Depois será enviado para o canteiro de obras, em Vitória, onde é feita a pré-montagem. A estrutura é colocada no andaime e instalada”, explica o secretário.
A proposta de intervenções foi apresentada em 2019 pelo governador Renato Casagrande e contempla a ampliação da capacidade de fluxo de veículos; implantação de ciclovia e barreira de proteção ao suicídio.
A ciclovia será construída em uma estrutura metálica que será anexada nas laterais da ponte para a passagem de ciclistas, com pavimento asfáltico de três metros de largura. Terá ainda a função de barreira de proteção ao suicídio, uma vez que contará com uma grade antiescalada para a proteção, com altura de três metros.
Além disso, a capacidade de trânsito da ponte será aumentada em torno de 40%, com a criação de duas novas faixas. Desse modo, a VIA passará a contar com três faixas em cada sentido.
Próximo ao vão central, a estrutura da ciclovia terá um alargamento chegando a seis metros e funcionará como uma espécie de mirante. Neste ponto, parte da grade antiescalada será substituída por vidro. As pistas serão de sentido único: uma para Vitória e uma para Vila Velha.
Para incluir as novas faixas, vão ser retiradas as proteções que existem hoje no centro e nas laterais da ponte. As atuais pistas ficarão mais estreitas, com 2,80 metros cada e vão ser destinadas a automóveis. Já as pistas mais laterais, com 3,10 metros cada, serão de uso exclusivo de transporte coletivo.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta