Moradores de Fundão tentam descobrir a identidade de um homem que está vivendo nos fundos do pronto-atendimento (PA) do município desde o último dia 15 – data em que foi resgatado na BR 101. Apesar de questionado, ele não sabe informar o próprio nome, onde nasceu ou algo sobre a família.
De acordo com uma funcionária da unidade, que preferiu não ser identificada, o pedido de ajuda feito para A Gazeta tem o objetivo de, pelo menos, tirá-lo da situação de rua atual. "Ele não está em um lugar apropriado: não tem cama para dormir, é um espaço aberto, onde pode chover", lamenta.
Preocupada, ela conta que colegas tentaram saber informações sobre o homem, sem sucesso. "A gente pergunta se tem parente, e ele diz que não. Perguntamos de onde ele é, e ele só fala que é do Brasil. Diz que não sabe de onde veio. Só uma vez que ele disse se chamar Antônio Pereira dos Passos", lembra.
Segundo essa mulher, os funcionários do PA estão fornecendo comida para o homem e alguns moradores da cidade já doaram roupas e itens de higiene pessoal. "Ele foi deixado aqui para que parentes pudessem buscá-lo. Enquanto a família não aparece, estamos fazendo o que podemos", comenta.
Ainda de acordo com a funcionária do pronto-atendimento, o homem aparenta ter cerca de 70 anos de idade e não chegou a ser atendido ou medicado no local, pois já estava bem quando foi deixado de ambulância por uma equipe de resgate da Eco101 – concessionária que administra a BR 101.
A empresa afirma que "a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou o idoso na altura do quilômetro 233, em Fundão, e o levou até uma base de Serviço de Atendimento ao Usuário, onde foi atendido pela equipe médica e levado ao PA". A ocorrência foi registrada em 15 de dezembro, às 20h23.
Sem portar nenhum documento e tendo apenas a roupa do corpo consigo, o homem que está vivendo nos fundos do PA de Fundão ainda não teve a identidade confirmada. A Polícia Civil chegou a colher algumas informações, mas os trabalhos continuam, pois pode não se tratar de um capixaba.
"A superintendência de polícia técnico-científica encaminhará um perito para realizar nova coleta de digitais para uma busca no 'Automated Fingerpint Identification System' (Sistema Automático de Identificação por Digital, na tradução livre em português), que possibilita pesquisar em um banco de dados nacional", explica a corporação.
Nessa segunda-feira (26), a reportagem de A Gazeta entrou em contato com a Prefeitura de Fundão para saber se a administração municipal está ciente da situação e se poderia ajudar o homem. No entanto, até o momento de publicação desta reportagem, nenhum retorno havia sido dado.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta