Após recorde de casos diários da Covid-19 no Espírito Santo, dado divulgado na última segunda-feira (10), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, apontou, em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (12), que municípios capixabas já atingiram o maior pico de registros de casos da doença desde o início da pandemia. Um deles foi Linhares, ao Norte do Estado, e o outro foi Guarapari, na Grande Vitória. Levantamento feito por A Gazeta com as maiores cidades do Estado apontou que a Capital também apresenta o mesmo panorama.
Guarapari chegou a 117 casos em 24h no último dia 7 de janeiro, número idêntico ao ocorrido em 19 de fevereiro de 2020. "Mas na prática com os dados a serem publicados amanhã (13), assim, nossa costa preferencial dos mineiros, também já terá ultrapassado o pico de todas as ondas anteriores", afirmou o secretário.
Da análise dos dados divulgados diariamente pela Sesa no Painel Covid-19, é possível extrair que a Vitória também já se encontra neste cenário. No último dia 06, o município registrou a impressionante marca dos 444 casos de Covid-19 em 24h, superando o recorde do ano passado, de 343 casos em 24h no dia 25 de março.
O Espírito Santo bateu recorde de casos confirmados do coronavírus em 24 horas na segunda-feira (10), quando foram registradas 6.945 novas infecções – o maior número de toda a pandemia.
Até então, o recorde pertencia ao dia 30 de março do ano passado, quando foram contabilizados 3.532 casos da doença. Na semana passada, o Estado já tinha voltado a registrar mais de mil positivados no intervalo de apenas um dia – o que não acontecia há aproximadamente três meses.
Nesta quarta-feira (12), o Painel Covid do Governo do Estado confirmou 3.140 infecções em 24 horas. Também foram registrados quatro óbitos.
A quarta onda da pandemia do coronavírus já está estabelecida no Espírito Santo, segundo avaliação de especialistas das áreas de estatística e saúde, que consideram que o número recorde de contaminações pelo vírus é um indício claro de que é preciso reforçar os cuidados contra a Covid-19.
O crescimento do número de infecções está ligado à expansão da variante Ômicron da Covid, que é de fácil disseminação e já corresponde a 97% dos casos confirmados da doença em território capixaba.
O matemático e professor universitário Etereldes Gonçalves Júnior pontua que não apenas o número de infecções, mas também a taxa de transmissão do vírus bateu recorde, superando os 3,5 pontos, embora o resultado ainda não esteja consolidado.
“Felizmente, isso não está se refletindo em óbitos e internações, mas, conforme o que se observa, estamos sim passando pela quarta onda. Estamos no início da expansão, em uma situação quase vertical de subida, e isso certamente aumentará a pressão sobre o sistema de saúde, mas é uma situação diferente das demais expansões, tanto porque agora temos a vacina, quanto porque as características da Ômicron são diferentes da variante delta, que ocasionou a terceira onda.”
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