O número de assassinatos aumentou em algumas cidades no Sul do Espírito Santo de janeiro a junho aumentou em 2022 na comparação com o mesmo período de 2021. Em Cachoeiro de Itapemirim, 15 pessoas foram mortas nos seis primeiros meses deste ano, cinco homicídios a mais que os registrados no ano passado, quando 10 pessoas foram assassinadas. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Segundo informações divulgadas no Painel de Homicídios do Estado referentes à Região Sul do Espírito Santo, os municípios que tiveram aumento de homicídios no período de janeiro a junho de 2022 são: Cachoeiro de Itapemirim, Iúna, Piúma, Itapemirim, Rio Novo do Sul, Dores do Rio Preto e Conceição do Castelo.
Um dos assassinatos em Cachoeiro ocorreu no dia 6 deste mês, quando Ricardo Santos Souza, de 19 anos, foi morto com uma facada no coração dentro de uma Igreja Católica no bairro Santo Antônio. Outro caso aconteceu no último dia 13: um homem de 35 anos foi assassinado a tiros no meio de uma rua, no bairro Amarelo. Ele estava em uma lanchonete na companhia de amigos, quando foi chamado do lado de fora do estabelecimento e acabou sendo morto.
Já em Iúna, onde sete pessoas foram assassinadas neste ano contra um homicídio registrado em 2021, uma briga no dia 30 de março deste ano terminou no assassinato de um homem, morto a tiros. Três suspeitos do crime foram presos.
Piúma teve quatro assassinatos registrados de janeiro a junho de 2022, contra dois no mesmo período do ano passado. Um dos casos é o de uma jovem de 18 anos morta a facadas na noite do dia 17 de maio, no Centro do município.
Em Itapemirim, uma das cinco pessoas assassinadas neste ano foi Anna Maria Max de Souza. Na madrugada do dia 2 de maio deste ano, a mulher de 28 anos foi alvo de vários disparos de arma de fogo, no bairro Maraguá. Segundo a Polícia Civil, ela foi morta para que não participasse do júri de um assassinato como testemunha.
Onde assassinatos aumentaram
Onde homicídios diminuíram
Cidades onde dados não mudaram
Oito cidades não registraram assassinatos no período de janeiro a junho de 2021 e 2022. São elas: Bom Jesus do Norte, Alegre, Divino de São Lourenço, Jerônimo Monteiro, Apiacá, Muqui, Iconha e Muniz
Em entrevista à TV Gazeta Sul, o delegado Felipe Vivas explica o aumento do número de assassinatos no primeiro semestre deste ano na comparação com o período do ano anterior. “O que a gente tem que considerar é que 2021 foi o melhor ano de Cachoeiro de Itapemirim em toda a série histórica. A gente registrou, no final do ano, 26 homicídios, é um número muito difícil de alcançar”, disse.
De acordo com Vivas, 2020 foi um ano que esteve na média, mas com redução, assim como 2019. “Quando comparamos 2022 a 2021, é uma situação meio que inglória, é difícil perseguir esse número. Mas quando você compara a 2020, se comparar 2022 a 2020, estaríamos com redução”, afirmou.
No primeiro semestre de 2020, foram registrados 18 casos de homicídios, contra 15 neste ano. O delegado disse que, dos casos de 2022, oito ainda estão sendo investigados e sete já tiveram inquéritos concluídos. “Antes, havia uma predominância de homicídios ligados ao tráfico de drogas, mas passou a ter mais homicídios relacionados a relações interpessoais, relações de proximidade, vingança”, explicou Felipe Vivas.
Em relação ao aumento nos casos de homicídios, a Polícia Militar informou que tem feito operações para tentar coibir esse tipo de crime. ”A polícia trabalha sempre no sentido de tirar armas da rua e também para coibir a questão do tráfico, do empoderamento de briga também pelos pontos de comércio”, destacou o Capitão Daniel da PM.
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