O governo estadual pretende investir R$ 1 bilhão em obras que promovam a adaptação dos municípios às mudanças climáticas. Prefeituras que apresentarem projetos de combates a alagamentos, enchentes e prevenção a secas, entre outros, poderão obter recursos através do Fundo Cidades.
O Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (Fundo Cidades) é gerenciado pela Secretaria de Economia e Planejamento (SEP). Ele começou a funcionar em 2014 e é um mecanismo de apoio financeiro prestado pelo Estado por meio de transferência fundo a fundo aos municípios para investimentos em diversas áreas como segurança, educação, saúde, assistência social e agricultura.
A partir de 2023, o governador Renato Casagrande (PDB) disse que o fundo será dedicado para obras de enfrentamento às mudanças climáticas.
"Já temos esse instrumento. Os municípios precisam apresentar o projeto. Uma encosta que está em risco de desmoronar, o município apresenta um projeto de contenção daquela encosta. Uma drenagem que evita alagamento de casa, uma barragem para conter água para reservar para momentos de secas. São obras como essas que nós vamos financiar", afirmou, em entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta terça-feira (27).
A expectativa é de que R$ 1 bilhão sejam repassados pelo Estado às prefeituras para a realização desses projetos.A ação, ainda segundo o governador, é uma resposta aos fenômenos climáticos extremos, que devem se tornar cada vez mais frequentes no futuro.
"De fato, as mudanças climáticas estão causando distúrbios cada dia mais fortes. A sociedade tem que colaborar para não ocupar área de expansão dos rios. Os municípios têm que agir para evitar ocupação de área verde e área de risco. Daqui pra frente, cada vez mais vamos ter frios intensos, como vemos no Hemisfério Norte; e chuvas intensas, como estamos tendo no Hemisfério Sul", apontou.
As chuvas fortes que atingem o Estado desde novembro causam estragos. Segundo o Climatempo, Vitória foi a capital brasileira onde mais choveu durante os meses de primavera. A cidade recebeu 839mm de chuva no período, o dobro da média registrada nos últimos 30 anos.
Ainda segundo o instituto, a primavera no Estado foi a mais chuvosa dos últimos nove anos, perdendo apenas para o ano de 2013.
Em dezembro, as tempestades causaram mortes, alagamentos, quedas de barreiras e destruíram estradas em todo o Estado.
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