Os olhos do mundo estão voltados para a ciência e na capacidade de resolução de problemas que ela sugere. Sem medicamento eficaz contra o coronavírus, a produção da vacina é a maior aposta no combate à Covid-19. No Estado, uma boa notícia: pesquisadores terão mais recursos financeiros para executar trabalhos.
No início de junho deste ano, o governo do Estado destinou R$ 3 milhões para o apoio a projetos com ações efetivas e inovadoras para enfrentar a Covid-19, por meio do edital lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), autarquia vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). Ao todo, 34 projetos foram contemplados.
O governador Renato Casagrande (PSB) destacou a importância do investimento para os capixabas. Segundo o chefe do Executivo estadual, apoiar a inovação, a ciência, a energia renovável, a diversidade da sociedade e a proteção do meio ambiente são temas que não podem ser defendidos por um ou outro político, mas precisam ser o projeto de vida de todos.
Pensando na força e importância da ciência e da pesquisa, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) lançou editais de fomento ao desenvolvimento de projetos de pesquisa, inovação e extensão voltados ao enfrentamento da Covid-19. Foram selecionados 28 propostas sendo 14 de pesquisa e extensão e 14 de inovação. No total, a instituição deve destinar cerca de R$ 600 mil.
Mesmo com esse aporte, segundo o professor Valdemar Lacerda, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição de ensino federal, do início de 2019 até os dias atuais, a pró-reitoria de pós-graduação da Ufes perdeu 27% das cotas de bolsa de mestrado e doutorado. Segundo ele, mais de 200 bolsas foram cortadas.
Quem também faz pontuações acerca dos desafios encarados no Espírito Santo e no Brasil é a pós-doutora em Epidemiologia e professora da Ufes, Ethel Maciel. Ela reconhece a importância dos editais promovidos pela Fapes, Ufes e demais instituições, mas avalia que o Espírito Santo carece de ampliação da transferência de tecnologia aplicada no ambiente acadêmico para a indústria capixaba.
Os financiamentos, ainda que eles têm ocorrido, não são financiamentos que propiciam grandes estudos, não são financiamentos volumosos. A gente ainda tem um limite de financiamento que é pequeno para cada projeto de pesquisa, não dá para competir com pesquisas de âmbito populacional, que você precisa de muita gente em campo, que você precisa ter financiamentos mais robusto. Precisamos disso para alavancarmos a ciência e a tecnologia do Estado, afirmou.
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