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Cigano é condenado a prisão pela morte de empresário em São Mateus

Cigano é condenado a prisão pela morte de empresário em São Mateus

Defesa de Ívison Flávio dos Anjos Souza disse que vai apresentar recurso para revisão da pena; ele está preso desde 2019, ano em que aconteceu o crime

Publicado em 8 de agosto de 2023 às 10:14- Atualizado há um ano

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Forúm de São Mateus, no Norte do ES
Forúm de São Mateus, no Norte do ES. (TJES Divulgação )

Após mais de 10 horas de julgamento nesta segunda-feira (7), no Fórum de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, o cigano Ívison Flávio dos Anjos Souza, acusado de matar a tiros o empresário Alessandro Freitas em abril de 2019, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão.

O júri começou durante a manhã e terminou por volta de 21h. Conforme as investigações, na época do crime, Ívison teria matado o empresário devido a uma dívida de R$ 300 mil, de negócios que os dois tinham juntos. Na acusação, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) entendia que a condenação do réu se impõe como uma resposta da Justiça à família da vítima e também à sociedade.

A defesa de Ívison informou que esperava comprovar a inocência do suspeito e vai apresentar recurso ao Tribunal de Justiça para a revisão da pena.

Ívison Flávio dos Anjos Souza (à direita) é apontado como o principal suspeito de matar o empresário Alessandro Freitas (à esquerda) em abril de 2019
Ívison Flávio dos Anjos Souza (à direita) é apontado como o principal suspeito de matar o empresário Alessandro Freitas (à esquerda) em abril de 2019. (Reprodução)

Relembre o caso

O acusado foi preso em junho de 2019 como principal suspeito de matar, a tiros, o empresário Alessandro Freitas, em 24 de abril do mesmo ano, no bairro Guriri, em São Mateus, devido a uma dívida relativa a negócios que os dois tinham juntos.

Na época da prisão, realizada por agentes da Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus, Ívison foi encontrado na casa onde mora em Guriri e não apresentou nenhuma resistência, se entregando aos agentes logo após a localização do suspeito.

As investigações apontaram que o cigano teria planejado uma emboscada para atrair e matar Alessandro, que era dono de uma empresa de granito em Jaguaré, também no Norte capixaba. Segundo o g1ES, que noticiou o caso na época, o empresário, que era amigo de Ívison, teria despertado interesse em comprar um terreno em Guriri.

Morador da região, o cigano se comprometeu a levar Alessandro até um terreno. No local, Ívison efetuou os disparos e matou o empresário.

O que diz o MPES

Em nota à reportagem, o MPES informou que todas as teses do órgão foram acolhidas pelos jurados. Porém, o Ministério recorreu da sentença por entender que a condenação foi além do crime bárbaro cometido e, sobretudo, não compatível com o modo como foi praticado, tendo em vista que o empresário foi morto de forma cruel, premeditada e dissimulada, deixando três filhos e uma esposa.

Confira, na íntegra, a nota do MPES

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de São Mateus, obteve a condenação de Ivison Flávio dos Anjos Souza a 17 anos e seis meses de prisão. O réu foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima, contra o empresário Alessandro Freitas. Ivison cumprirá a pena inicialmente em regime fechado. O Tribunal do Júri do caso, que durou mais de 10 horas, foi realizado na segunda-feira (07/08), no Fórum do município.

Durante o julgamento, todas as teses do Ministério Público foram acolhidas pelos jurados. Porém, o MPES já recorreu da sentença, por entender que a condenação foi aquém do crime bárbaro cometido e, sobretudo, não compatível com o modo como foi praticado, tendo em vista que a vítima foi morta de forma cruel, premeditada e dissimulada, e deixou três filhos e uma esposa.

O crime que resultou na condenação do réu ocorreu no dia 24 de abril de 2019, em Guriri, São Mateus. O réu atraiu a vítima para um terreno ermo, próximo à orla da praia, com o pretexto de mostrar um lote que estaria disponível para negociação. Ao chegar no local, Alessandro, que era dono de uma empresa de granito em Jaguaré, foi executado com vários tiros, sem chance de defesa. O corpo e o carro da vítima foram deixados no local.

Durante a investigação policial, foi verificado que a motivação do homicídio foi uma dívida de aproximadamente R$ 300 mil, referente a negócios que os dois tinham. Também ficou constatado que a última ligação completada feita pela vítima naquele dia foi para o réu, momentos antes do crime e que, por meio de câmeras de videomonitoramento, o carro de Alessandro transitou junto ao carro de Ivison em Guriri, até o local de sua execução.

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