Cinemas no ES só podem abrir com 40% da capacidade; entenda regras
Governo não recomenda que crianças menores de 5 anos e idosos frequentem cinemas e obriga uso de máscara, álcool em gel e limpeza periódica de ar condicionado para salas de exibição operarem
Publicado em 3 de outubro de 2020 às 15:16
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A autorização para funcionamento das atividades de teatro, cinemas, circos e feiras, além de outros eventos, foi concedida pelo governo do Estado. (Cinemark/Divulgação)
"A capacidade máxima dos espaços está limitada a 40%. Temos também muitas regras com relação às vendas de ingressos, alimentos para acesso ao local e como que isso pode acontecer para não gerar risco maior de contágio. É uma responsabilidade de todos", reitera.
A titular da pasta detalha ainda que aferição de temperatura, por exemplo, não será obrigatória e que a portaria com o protocolo sanitário completo do uso desses ambientes deve ser publicada ainda neste sábado (3).
AS REGRAS
Bilheterias
As bilheterias presenciais continuam, mas as vendas devem acontecer preferencialmente pela internet, de acordo com a secretária. "Na hora da venda desses ingressos deve estar claro que pessoas que apresentem sintomas gripais não devem acessar estes locais. Campanhas de conscientização também são cobradas para os estabelecimentos e medidas como também limpeza de ar condicionado, de forma que haja renovação do ar, também serão programadas", afirmou.
Venda de alimentos
A respeito da venda de alimentos no local, deve haver filas marcadas com distanciamento. "Na mesma loja dos ingressos virtuais temos a preferência dos tíquetes para alimentos de forma remota, já que quanto menos fila melhor é. Além disso, as sessões devem ter portas abertas com antecedência para evitar formação de filas", explicou.
Ar condicionado e higiene
De acordo com Loureiro, os sistemas de ar refrigerado mais modernos têm renovação do ar ambiente por meio de programação. Neste sentido, explica que essa manutenção estará expressa em portaria para que o sistema tenha limpeza intensificada e promova a renovação do ar do ambiente.
Para manter a higiene dos locais, a secretária afirmou que deverá haver um intervalo maior entre as sessões. "Quando anunciada a construção do protocolo, que é feito diante de discussão com o segmento, foi colocado em portaria que as sessões devem desencontrar umas das outras para não aglomerar e para dar tempo à limpeza, promovendo segurança e higiene das superfícies de contato, como corrimãos", esclareceu.
Sessões infantis
A respeito das sessões infantis de teatroe cinema, a portaria não trouxe proibições, mas recomendações. "A norma recomenda que crianças menores de 5 anos e adultos com mais de 60 e comorbidades não estejam presentes. Mas é possível sim que crianças estejam lá com acompanhantes. Na hora da aquisição de ingressos pode-se prever a venda para pessoas de uma mesma família, podendo ser feita esta identificação. O importante é o respeito à capacidade máxima e à distância entre pessoas que não sejam familiares, de 1,5m tanto lateral quanto frontal. O próprio sistema de vendas dos bilhetes fará a delimitação", disse.
Máscaras
Para se fazer presente nos ambientes a serem liberados a partir de segunda (5), serão necessários o uso de máscara, a higiene das mãos e o distanciamento físico. "Estas exigências são um tripé que deve ser observado o tempo inteiro. As máscaras só devem ser retiradas em situação de alimentação e para beber alguma coisa, mas devem ser imediatamente recolocadas. Este é um pacto social que devemos ter com todos, para que possamos conviver de forma segura com a pandemia", relatou.
EVENTOS MAIORES SOB ANÁLISE
Além das medidas já aprovadas, de acordo com a secretária de Estado de Gestão e Recursos Humanos, o governo já vem debatendo a liberação de eventos com maior capacidade de presentes. "Nós temos aberto o diálogo com o segmento para construção e aperfeiçoamento das regras. Nesta semana pretendemos voltar a discutir, em especial sobre os eventos sociais, que têm um limite de até 100 pessoas neste momento, que são eventos em que as pessoas se descontraem mais, às vezes esquecendo das formas de proteção. No entanto, já avançamos em termos de cultura do comportamento e podemos conversar sobre este limite", apontou.
A respeito dos segmentos que ainda não tiveram retorno aprovado, como o de shows e de atividades que indicam possibilidade das pessoas se juntarem mais fisicamente, o governo afirma que são discutidas possibilidades de qual é a melhor forma da flexibilização ser feita. "Quando será depende, nós até queríamos fazer uma projeção. Mas depende de se a taxa de ocupação de leitos permanece no patamar abaixo dos 50% e de se os óbitos diminuem. A previsibilidade tão desejada pelo segmento de shows pode até ser criada por nós de forma conjunta, mas na dependência da manutenção desses dados nos municípios de risco baixo, de manutenção de patamares seguros", finalizou.